Nas redes, Padilha critica imprensa por 'diz que ouviu falar'
21:15 | Jan. 06, 2016
Ceará relatou ainda uma conversa que presenciou entre Youssef e o ex-deputado André Vargas, na qual o ex-vice líder do PT na Câmara afirmou que "está tudo certo com o ministro". O funcionário de Youssef ainda disse à Procuradoria que posteriormente confirmou com o chefe que o ministro citado na conversa com Vargas era o então titular da Saúde, Alexandre Padilha.
Padilha publicou uma sequência de posts em sua conta no Twitter. "Sobre as matérias que têm saído na imprensa a meu respeito sobre o diz-que-ouviu-falar no caso do laboratório", inicia o secretário da gestão Fernando Haddad.
A versão do ex-ministro, passada por sua assessoria de imprensa na tarde de terça-feira, 5, já havia sido publicada.
Em uma sequência de twittes que postou entre as tardes desta terça, 5, e da quarta-feira, 6, Padilha afirma ser "absurda e irresponsável qualquer tentativa de mais uma vez me vincular ao laboratório por meio de 'conversas ouvidas de terceiros' numa delação". Ele diz que não houve contrato entre a Labogen e o Ministério da Saúde em sua gestão e ressalta que não é investigado pela Lava Jato. Suas argumentações foram publicadas também em sua página no Facebook.
"Não foi encontrado nenhum vínculo do meu nome a qualquer irregularidade, mesmo após uma sindicância do ministério da Saúde concluída há quase dois anos". "Uma apuração concluída pela Controladoria Geral da União e uma investigação da Polícia Federal. Não fui arrolado em nenhuma investigação suplementar." "Em nenhum momento estive sob investigação da Operação Lava Jato e sempre defendi e contribuí com a apuração total de qualquer irregularidade", escreveu.
Padilha destacou ainda que "seria patético, se não fosse irresponsável" supor e acreditar que "com minhas opiniões e sendo ministro tornaria-me sócio de qualquer laboratório". O secretário recebeu mensagens de apoio, como do deputado Vicentinho (PT-SP), e também críticas e até ofensas pessoais.
O secretário de Haddad critica a atuação da imprensa que, a seu ver, publicou informação "com base em especulações". "Um jornalismo que se baseia no diz-que-ouviu-falar e noticia com o 'iria' (que não foi), poderia (que não pôde), ficaria (que não ficou) não é honesto", escreveu. Em outro twitte, Padilha afirma que "uma notícia significa responsabilidade com a verdade".