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Diretório municipal vai cobrar �dízimo� dos filiados

08:05 | 26/12/2015
O presidente municipal do PSDB decidiu apelar para uma estratégia "petista" que nunca foi usada pelo tucanato: a cobrança de um "dízimo" mensal dos filiados do partido na tentativa de tirar a legenda do vermelho. A dívida do diretório paulistano do partido é de R$ 200 mil.

O recolhimento servirá para pagar despesas básicas de funcionamento da sigla, como aluguel da sede, pagamento de funcionários, advogados e contador, além de financiar o processo das prévias que escolherão o candidato à Prefeitura de São Paulo em 2016.

"Temos que preparar as prévias e não temos dinheiro. Em 2012, elas custaram R$ 300 mil. Por isso, no ano que vem, vamos propor que os filiados contribuam, o que não é uma tradição do partido", disse o vereador Mário Covas Neto, presidente do PSDB paulistano. Os tucanos estimam um gasto de cerca de R$ 250 mil na realização da disputa interna, marcada para o fim de fevereiro.

Segundo ele, o assunto será discutido durante reunião da Executiva do partido no dia 11 de janeiro. "A ideia original é que o filiado pague uma contribuição conforme sua taxa de renda", detalhou o dirigente.

O ex-tesoureiro do PSDB paulista Felipe Sigollo ratifica a medida. "Acho uma decisão mais do que justa. A cobrança foi algo que sempre defendi, mas nunca aconteceu", afirmou.

Segundo Sigollo, o diretório municipal do PSDB não tem nenhuma fonte fixa de recursos. "É uma tradição o presidente do partido ir atrás de doações e promover jantares." São raros os casos, diz, até de parlamentares que contribuem com regularidade para os cofres do PSDB. No PT, por exemplo, os filiados com cargo público e eletivo são obrigados a pagar uma taxa fixa mensal.

Para o ex-deputado José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, a ideia é "simpática", mas ele prevê que haverá resistência interna. "O partido precisa encontrar meios de pagar as suas contas", disse. Ele é um dos pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo.

Antes do "dízimo", o PSDB paulistano havia causado uma polêmica interna ao cobrar uma taxa de R$ 20 mil dos interessados na disputa à vaga de candidato municipal. Os dois inscritos, até o momento, Andrea Matarazzo e João Doria, pagaram o valor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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