Procuradoria em SP cria força-tarefa para Lava Jato
O primeiro caso sob análise do Grupo de Trabalho é relativo às empresas do Grupo Consist Software, que fecharam contratos sem licitação com o Ministério do Planejamento provocando suposto desvio de R$ 52 milhões na área de empréstimos consignados. A Consist nega irregularidades.
A Lava Jato chegou ao caso Consist em agosto, quando prendeu o ex-vereador de Americana (SP), Alexandre Romano, o Chambinho (ex-PT). Ele teria elo com um escritório de advocacia de Curitiba que atua em causas de interesse do PT.
Chambinho está em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica. Quando o caso ainda estava sob o crivo da Justiça Federal no Paraná, base da Lava Jato, investigadores apontaram supostos repasses para custeio de despesas de campanha da senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR).
Por isso, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato em Curitiba, enviou para o Supremo Tribunal Federal (STF) todos os dados relativos à petista. A Corte máxima manteve sob sua guarda essa etapa da investigação porque Gleisi detém foro privilegiado.
Foi enviada para São Paulo a parte que não cita políticos. A senadora nega ter recebido valores ilícitos. O caso Consist foi distribuído para a 6ª Vara Criminal da Justiça Federal, que tem como juiz titular João Batista Gonçalves, no início de outubro.