Wagner diz que Exército "não acolhe" os que pregam intervenção militar
"Não vejo acolhimento nenhum em relação a isso. Acho que é remanescente... A Segunda Guerra terminou, mas ainda se encontram adeptos daquele movimento (nazismo e fascismo). A sociedade é plural. Evidente que não posso concordar com alguém que prega o fim das instituições. Tem acolhimento zero no seio dos comandos e das Forças atuais", disse Wagner, depois de participar de cerimônia de passagem de comando da Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio.
Um dos ministros mais ligados à presidente Dilma Rousseff, o ex-governador da Bahia disse ainda, a respeito dos protestos de domingo, 12, que "a cada manifestação, o conjunto do governo tenta auscultar as demandas populares e pôr em marcha algum tipo de ação que possa vir ao encontro delas".
De acordo com o ministro, "não há o que colocar" sobre um possível pedido de impeachment da presidente, uma das principais bandeira dos movimentos que protestam contra o governo federal.
"Desde as manifestações de 2013 o governo vem trabalhando naquilo que brota das ruas. Poucos políticos têm tamanha determinação quanto a presidente no combate à corrupção. A gente vive um exemplo positivo de que investigações estão ocorrendo e as instituições continuam funcionando. É demonstração nossa de maturidade", declarou.
O ministro da Defesa afirmou que o governo mantém a situação sob controle, a despeito dos protestos que vêm reunindo milhares de descontentes com o governo petista.
"Como governo democrático, se posiciona acolhendo as manifestações e registrando que poucas nações conseguem ter essa convivência entre a manifestação popular e as instituições. As manifestações acontecem e as instituições continuam serenamente dirigindo o País", afirmou.