Janot diz que investigação de políticos na Lava Jato 'será demorada'
Nesta semana, a Polícia Federal pediu ao STF para estender o período previsto para realizar as medidas de investigação. Inicialmente, investigadores tinham 30 dias para realizar as diligências contra os políticos investigados perante o Supremo. A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve opinar sobre o pedido da PF e, então, o ministro Teori Zavascki irá conceder ou não prazo maior para apuração.
A extensão de investigações é considerada praxe entre autoridades policiais e investigadores. "Isso é uma rotina na tramitação dos inquéritos", disse Janot. A prorrogação do prazo depende do relator da Lava Jato no STF. Segundo Janot, normalmente os prazos variam de 30 a 60 dias.
"As investigações estão seguindo o curso normal. Essa é uma investigação que não é curta, será demorada. As diligências estão sendo cumpridas a contento, caminhamos firmes na elucidação desses fatos", comentou o procurador-geral. Existem no Supremo Tribunal Federal 26 inquéritos para investigar 50 políticos e operadores possivelmente envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras.
Janot não fala em um prazo para concluir a fase de diligências. "Tem casos que vamos precisar fazer perícia, casos de quebra (de sigilo), de cooperação internacional. Depende da diligência. Tem alguns mais avançados e outros menos", afirmou.
Na PGR, a previsão é de que cada inquérito seja conduzido a seu próprio tempo. Assim, se uma investigação caminhar de forma mais acelerada, os investigadores devem realizar para aquele caso a primeira acusação formal ao Supremo - ou pedido de arquivamento, se não forem colhidos indícios de provas suficientes.
12ª Fase
O procurador-geral respondeu as perguntas ao participar de evento no Ministério da Justiça nesta manhã. Ele não quis comentar a deflagração da 12ª fase da Operação Lava Jato.