Coordenador do MTST diz que movimentos "não aceitam ataques"
Boulos participa do ato "contra a direita por mais direitos", organizado pelo MTST, com MST, centrais sindicais e outros movimentos sociais. Ele falou no carro de som que já havia mais de 30 mil manifestantes no Largo da Batata. A estimativa da PM estava em 2,5 mil. Começou a chover forte, mas os manifestantes não se afastaram.
No discurso, o coordenador do MTST disse que não se mistura aos protestos anti-Dilma e os criticou por pedir o afastamento da presidente, mas não se manifestarem contra o presidente da Câmara Eduardo Cunha - para ele o responsável pela aprovação do texto base do projeto da terceirização que prejudica os trabalhadores - nem contra o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) "que acabou com a água e que se recusa a negociar com os professores (estaduais em greve)"
Boulos disse que a manifestação daria um recado à elite paulistana, classificada por ele de conservadora e fascista, e disse que daria um recado a essa elite. "Nosso recado vai ser curto e grosso: A rua é do povo. Ninguém vai impedir a gente de se manifestar de vermelho. Se eles afastam gente de vermelho das manifestações deles, vão ter que fechar a janela quando a marcha vermelha estiver passando pelos jardins (bairro nobre da capital, na rota da manifestação até a Av Paulista)".
Boulos fez críticas também à política econômica do governo. "A Dilma não foi reeleita pra fazer ajuste fiscal nem pra colocar Joaquim Levy do Bradesco no Ministério da Fazenda", bradou. O coordenador disse que se a PL 4330 passar no Senado, Dilma tem o "dever de vetar" e reclamou também da demora no lançamento da terceira etapa do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Os manifestantes seguem em passeata pela Avenida Faria Lima, em direção à Avenida Paulista.