Marina engrossa discurso contra adversários em BH
12:50 | Set. 09, 2014
"Se o Aécio ganhar, ele acha que ganhou porque tem tempo de televisão, porque tem muito dinheiro, porque tem muitas estruturas. Se a Dilma ganhar, vai agradecer ao Sarney, ao Renan, ao Collor, ao Maluf", disse, referindo-se respectivamente aos senadores José Sarney (PMDB-AP), Renan Calheiros (PMDB-AL), Fernando Collor (PTB-AL) e ao deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), cuja candidatura foi vetada pela Justiça eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. "Se nós ganharmos, eu só tenho um para agradecer: ao povo brasileiro. É isso que eles não se conformam", acrescentou, em ato em Belo Horizonte nesta terça-feira, 9.
Em seu discurso, a candidata repetiu os nomes dos aliados do governo, acrescentando ainda o do também senador Jáder Barbalho (PMDB-PA), ao afirmar que é possível "ganhar perdendo" porque "transgrediu seus princípios". "Você pode ganhar perdendo (porque) você sabe que mentiu, que se juntou com quem não deveria se juntar. Com Sarney, com Collor, com Renan, com Jáder Barbalho, com Maluf. Nós vamos ganhar ganhando e quem vai nos dar essa vitória é o povo brasileiro", frisou
Marina ainda conclamou a militância a aderir à campanha nas redes sociais para "rebater mentiras" divulgadas pelas campanhas adversárias. E, lembrando o fenômeno do encontro de rios de Amazônia, classificou a adesão popular à candidatura como uma "pororoca de democracia contra as inverdades". "Quero pedir a vocês uma coisa: doem algumas horas, alguns minutos que sejam. A Dilma tem 11 minutos na televisão em troca de cargos para destruir a Petrobras, como acontece agora com a corrupção. O Aécio tem quase cinco (minutos). Eu só tenho dois minutos. Me ajudem. Entrem nas redes sociais, levem a verdade, façam a campanha. O autor dessa vitória é o cidadão, a cidadã brasileira. É disso que eles têm medo", declarou.
Ao chegar para o evento - onde está sendo montada uma estrutura para os shows do Natura Musical, promovido pela Natura, financiadora da candidatura de Marina -, a candidata foi recebida com vaias e gritos de "fundamentalista" e "homofóbica" por parte das pessoas que aguardava para retirar um ingresso para o evento. Os protestos se referiam principalmente às "mudanças no que ela diz o tempo todo", segundo uma das manifestantes contrária à candidata, que não quis se identificar.