Dilma defende gastos em educação
19:10 | Mai. 07, 2014
Segundo a presidente, gastos com custeios do setor não podem ser mal vistos. "É por isso que tem que gastar dinheiro do pré-sal. Não tem que ter constrangimento para gastar em custeio" disse, destacando a destinação de 75% dos royalties da exploração da camada pré-sal do petróleo para a educação. "Vamos tornar transparente e debater amplamente o uso desses recursos", comentou. Na avaliação da presidente, a educação é estratégica para o Brasil porque "torna permanente e sustentável a melhoria nas condições de renda, consumo e bem estar da população alcançados nos últimos 12 anos".
Em seu discurso, a presidente anunciou ainda verbas para a ampliação do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), mas não especificou valores. Ela disse que construir outras instalações é necessário para dar condições para que estudantes, como os medalhistas da olimpíada de matemática, tenham condições para cursar mestrado ou doutorado. Dilma também revelou a intenção de premiar futuramente os campeões da competição com pontos extras no processo seletivo do programa de intercâmbio para universitários "Ciências Sem Fronteiras", do governo federal. "Os estudantes que tiveram medalha de ouro vão pontuar diferenciadamente", anunciou.
De acordo com a presidente, o País tem feito grande esforço para ampliar a educação e que é preciso saber melhor onde se aplicam os recursos de impostos. "Gastar melhor é gastar em educação, na formação técnica, criando cientistas e pesquisadores", comentou. No evento desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, foram premiados 500 medalhistas de ouro de todo o País. Segundo o governo federal, a competição envolveu 18,7 milhões de estudantes de 47 mil escolas brasileiras e o objetivo é estimular o ensino da matemática e revelar talentos da área.
O Estado que teve mais medalhistas de ouro foi o de Minas Gerais (149), seguido de São Paulo (109). A cerimônia começou às 15h45, com 45 minutos de atraso. A presidente iniciou seu discurso às 18 horas. A cerimônia tem a participação, entre outros, do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e do governador Luiz Fernando Pezão, também peemedebista e candidato à reeleição, citado por Dilma como "parceiro"