Boa parte do dia da Assembleia Legislativa do Ceará (AL), nesta quarta, 21, foi ocupada pela repercussão das denúncias feitas na terça (20) pelo deputado Delegado Cavalcante (PDT) acerca de um suposto superfaturamento das obras do Projeto São José. Foi o deputado Carlomano Marques (PMDB), desta vez, e não o líder do Governo, deputado Antonio Carlos (PT), quem saiu em defesa da administração Cid Gomes.

Carlomano usou várias vezes a tribuna tanto para negar as acusações do delegado quanto para criticar o pedetista. Para ele, Cavalacante foi "equivocado, irresponsável e fascista" ao fazer a denúncia. “Tudo o que foi dito por ele (Cavalcante) são inverdades, tendo como base a inveja”, atacou o parlamentar. O peemedebista também apontou sua artilharia para o deputado Roberto Mesquita (PV), que ainda na terça, após a denúncia de Cavalcante, comparou o Projeto São José com o mensalão. Mesquista foi "perverso" ao fazer a analogia, disse Carlomano.

Em intervenções mais moderadas, em pedidos de aparte, pronunciaram-se os deputados Moésio Loiola (PSD) e Antonio Carlos. O petista defendeu Nelson Martins (PT), que está à frente da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) e responde pelo Projeto São José, e disse que "não há nenhuma irregularidade nos processos citados por Cavalcante". Já Loiola elogiou o projeto. Para ele, a ação, ao contrário do que diz Cavalcante, está cada vez mais democrática e é fundamental para os menos favorecidos do Estado do Ceará.

Entenda:
A denúncia feita por Cavalcante aponta irregularidades no sítio de Pedra Grande, em Morada Nova e no município de Quixelô. Nesses locais, segundo ele, mesmo com superfaturamento comprovado, a Secretaria do Desenvolvimento Agrário, dirigida por Nelson Martins, teria aprovado os projetos.

Com informações de Bruno Cabral e da AL