Vaticano: conclave para decidir novo papa iniciará no dia 7 de maio; saiba como será a votação
Vaga de título soberano da Igreja Católica ficou disponível depois da morte do papa Francisco no dia 21 de abril. A votação pode durar vários dias e será decidida por 135 cardeais eleitores, com menos de 80 anos
Reunião do sacro colégio de cardeais, convocado para eleger um novo pontífice — chamada de conclave — iniciará no dia 7 de maio, no Vaticano. O Órgão máximo da Igreja Católica anunciou a decisão nesta segunda-feira, 28, dois dias depois do funeral do papa Francisco, que morreu no dia 21 de abril.
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Segundo as informações da Agenzia Nazionale Stampa Associata (Ansa), o principal portal de notícias da Itália, a Capela Sistina fecha a partir desta segunda, conforme a Congregação Geral e o diretor da sala de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni. A justificativa é para atender as preparações para a votação católica.
As visitas aos Jardins do Vaticano e à Necrópole da Via Triunfal também foram suspensas.
Nesse domingo, 27, foi registrado o pico máximo de aproximadamente 70 mil pessoas na Basílica, conforme divulgado pela Delegacia de Polícia.
O aviso de fechamento temporário já está disponível no site do Museu do Vaticano.
Como funciona o conclave para eleger o novo papa?
Segundo as regras do Vaticano, divulgadas pelo Le Monde e pela AFP News, os 135 cardeais eleitores, com menos de 80 anos, participarão de uma missa solene na Basílica de São Pedro na manhã do dia 7 de maio, antes que se reúnam na Capela Sistina à tarde para a votação a portas fechadas, que pode durar vários dias.
Durante o conclave, eles não terão mais o direito de se comunicar com o mundo exterior, seja por correio ou telefone. A votação continuará até que um nome receba dois terços dos votos, com dois votos contabilizados no período matutino e dois na faixa vespertina.
Sentados sob o quadro de arte do pintor italiano Michelangelo do "Juízo Final", os cardeais recebem cédulas retangulares de papel com a inscrição "Eligo in Summum Pontificem" (em livre tradução, "eu o elejo como sumo pontífice") na parte superior e um espaço em branco abaixo.
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Os votos serão contados depois de apuração nas urnas. Se, por acaso, "o número de cédulas não corresponder ao número de eleitores, todas elas deverão ser queimadas e uma segunda votação deverá ser realizada imediatamente", especifica a Constituição.
Assim, as cédulas e as anotações feitas pelos cardeais serão destruídas e queimadas em um fogão pelo camerlengo — o cardeal atuando como interino entre os dois papas. Em seguida, a chaminé, visível aos fiéis da Praça de São Pedro, emitirá uma fumaça preta se nenhum papa tiver sido eleito.
Por outro lado, ficará branca em caso de eleição de um novo papa, devido à adição de produtos químicos.
Uma vez eleito, o novo papa deve responder a duas perguntas do cardeal decano. A primeira: "você aceita sua eleição canônica como pontífice soberano?". A segunda: "que nome você quer ser chamado?" Respondendo "sim" à primeira, o eleito torna-se imediatamente papa e bispo de Roma.
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