Presidente da China visita Camboja, última etapa da viagem pelo sudeste asiático
O presidente da China, Xi Jinping, chegou nesta quinta-feira (17) ao Camboja, última etapa de uma viagem pelo sudeste asiático para fortalecer as relações regionais em meio à ofensiva comercial dos Estados Unidos.
O chefe de Estado chinês já visitou Vietnã e Malásia durante a semana para estimular as relações comerciais e tentar amortecer o impacto das tarifas elevadas impostas pelo presidente americano, Donald Trump, aos seus parceiros comerciais.
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Xi desembarcou em Phnom Penh, capital do Camboja, onde foi recebido pelo rei Norodom Sihamoni durante uma cerimônia militar.
Ele se reunirá com o ex-líder do país Hun Sen e seu filho, o primeiro-ministro Hun Manet, segundo documentos oficiais aos quais a AFP teve acesso.
O presidente chinês declarou que seu país apoia o reino "na escolha de um caminho de desenvolvimento que é conveniente à nação, salvaguardando sua soberania nacional, sua independência e sua integridade territorial", segundo um comunicado publicado pelo site oficial cambojano de notícias Fresh News.
Os dois países devem "opor-se com coragem às forças externas que interferem nos assuntos internos, semeiam discórdia e minam as relações", acrescentou, em uma clara referência à guerra comercial iniciada pelo presidente americano.
O Camboja é um dos aliados mais leais de Pequim na Ásia. Além disso, a China é seu principal parceiro comercial e fonte de investimentos. Pequim possui um terço dos 11 bilhões de dólares de dívida externa do país, segundo o Fundo Monetário Internacional.
O primeiro-ministro Hun Manet descreveu na quarta-feira a visita de Xi como um exemplo da amizade "férrea" entre os dois países - que celebram 67 anos de relações diplomáticas -, com "interesses comuns baseados nos princípios do respeito à soberania, igualdade e não interferência nos assuntos internos".
O Camboja foi alvo de tarifas de 49% por parte de Donald Trump, que depois foram suspensas por 90 dias. A tarifa universal de 10% segue em vigor.
A China não foi beneficiada pela suspensão e, além disso, o país foi alvo de novas tarifas anunciadas por Trump que chegam a 145%. Pequim respondeu com tarifas de 125% sobre as importações americanas.
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