Trump acusa o Irã de estar por trás dos ataques dos houthis e prevê "consequências terríveis"
Segundo o secretário de Defesa, Pete Hegseth, a ofensiva dos Estados Unidos contra os rebeldes deve continuar até atingir o objetivo de desmobilizar o grupo
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump acusou o Irã de ser o responsável por financiar as ações dos rebeldes houthis no Iêmen. O líder norte-americano fez as afirmações em uma postagem na sua rede social, a Truth Social, nesta segunda-feira, 17.
Na publicação, Trump acusa o Irã de se passar por “vítima inocente”, afirmando que o país age como se não tivesse mais controle sobre os houthis, porém, segundo ele, cada movimento do grupo é coordenado pelo estado persa.
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Donald Trump ainda ameaçou o Irã com consequências “terríveis” devido aos subsídios aos rebeldes. Segundo o americano os iranianos comandam “cada disparo” dos Houthis e fornecem dinheiro, armas e inteligência para o grupo.
"O Irã se faz de 'vítima inocente' de terroristas desonestos sobre os quais eles perderam o controle, mas eles não perderam o controle. Eles ditam cada movimento, dando-lhes armas, fornecendo-lhes dinheiro e equipamento militar altamente sofisticado, e até mesmo a chamada 'Inteligência'. Cada tiro disparado pelos Houthis será visto, deste ponto em diante, como sendo um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, e o Irã será responsabilizado e sofrerá as consequências, e essas consequências serão terríveis!", escreveu Trump.
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Nesta segunda-feira, o presidente ordenou a continuidade da ofensiva contra os rebeldes iniciada no último sábado, 15.
"Que ninguém se deixe enganar! As centenas de ataques feitos pelos houthis - os mafiosos e bandidos sinistros baseados no Iêmen, que são odiados pelo povo iemenita - emanam e são criados pelo Irã. Qualquer ataque ou retaliação adicional dos Houthis será recebido com grande força, e não há garantia de que essa força pare aí", escreveu Trump.
Pete Hegseth, secretário de Defesa dos Estados Unidos, disse em entrevista à emissora “Fox News” neste domingo, 16, que a ofensiva deve continuar até atingir o objetivo de desmobilizar o grupo que ataca os navios cargueiros que passam na região.
"Trata-se de colocar um fim nos disparos contra ativos naquela hidrovia tão importante, para retomar a liberdade de navegação, que é um interesse nacional central dos Estados Unidos, e o Irã tem capacitado os Houthis por tempo demais. É melhor eles recuarem", disse o secretário.
Neste segundo mandato, o presidente norte-americano restabeleceu a mesma política do mandato anterior, fazendo pressão contra o país dos aiatolás. Na sua primeira passagem pela Casa Branca, Trump abandonou o tratado nuclear assinado entre o Irã e as potências mundiais.
Em consonância com o governo israelense de Benjamin Netanyahu, Trump acusa o Irã de ter objetivos militares com seu programa nuclear.