Nova cepa de coronavírus transmissível a humanos é descoberta na China

Nova cepa de coronavírus transmissível a humanos é descoberta na China

Nova cepa de coronavírus vivendo em morcegos e com capacidade de se espalhar entre humanos é descoberta na China. Ainda não há ainda registros de infectados

Pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan e Laboratório de Guangzhou, na China, identificaram uma nova cepa de coronavírus vivendo em morcegos, denominada HKU5-CoV-2. A variação apresenta semelhanças significativas com o SARS-CoV-2, responsável pela pandemia de Covid-19 — que completa cinco anos em 2025. O estudo apontou que a nova cepa tem capacidade de se espalhar entre humanos.

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O estudo, publicado nas revistas científica "Nature", revela que o "receptor ACE2" para infectar células humanas é um ponto em comum nos dois casos. Segundo as informações divulgadas na pesquisa, o achado pertence à família do Merbecovirus, um subgênero do Betacoronavirus que também está relacionado com o Sars-CoV-2.

Embora ainda não tenha-se registros de infecções humanas por esta nova cepa, sua capacidade de ligação ao receptor humano sugere um potencial risco de transmissão entre espécies.

Os pesquisadores enfatizam a importância de monitoramento contínuo e estudos adicionais para avaliar o real perigo que o HKU5-CoV-2 pode representar para a saúde pública. 

Cientistas do Laboratório de Guangzhou, sob a liderança da virologista Shi Zhengli — renomada pesquisadora de coronavírus e ex-integrante do Instituto de Virologia de Wuhan no início da década — divulgaram que o novo parasita infectou tecidos pulmonares e intestinais cultivados artificialmente a partir de células humanas.

Vírus dessa família foram detectados em visons e pangolins, o animal que se acredita ser o intermediário do covid-19 entre morcegos e humanos.

Conforme o artigo da "Nature", o microrganismo pertence à mesma linhagem que causa a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS), uma doença respiratória grave e frequentemente letal que pode ser transmitida de camelos para pessoas por meio de contato físico direto.

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Foi catalogada variante da ômicron, a XEC, em 2024

Não é a primeira vez que surgem casos e pesquisas sobre novas cepas e linhagens do coronavírus. A linhagem XEC do Sars-CoV-2, pertencente à variante ômicron, foi detectada no Brasil em setembro de 2024, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

No Brasil, os sintomas observados são semelhantes aos de outras linhagens: febre alta, dor de garganta, tosse, dor de cabeça, dores no corpo e fadiga.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a XEC como "sob monitoramento" em 24 de setembro de 2024, não sendo considerada uma "variante de preocupação". Para proteção, é fundamental manter a vacinação em dia, especialmente entre idosos, e seguir medidas preventivas como evitar aglomerações e utilizar máscaras quando necessário.

Covid-19 ainda mata no Ceará 

Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado em dezembro de 2024, indica o Ceará com um aumento nos casos de covid-19, especialmente entre jovens e adultos, com sinais de desaceleração entre os mais velhos. De acordo com levantamento do O POVO realizado à época, o Estado voltou a contabilizar mortes desde o início de novembro de 2024. Foram confirmados 11 óbitos em cinco municípios: sete em Fortaleza, um em Maracanaú, dois em Cascavel e um em Sobral.

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