Combates entre guerrilhas deixam mais 13 mortos na fronteira Colômbia-Venezuela

Combates entre rebeldes do ELN e dissidentes das Farc na fronteira da Colômbia com a Venezuela deixaram mais 13 mortos nos últimos dias, informaram autoridades locais nesta segunda-feira (27). 

Desde 16 de janeiro o Exército de Libertação Nacional (ELN) enfrenta violentamente grupos dissidentes das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que se afastaram do acordo de paz de 2016 na região fronteiriça do Catatumbo, pelo controle do tráfico de drogas.  

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A onda de violência deixou 54 mortos confirmados, mais de 48 mil deslocados, 11 feridos e 12 desaparecidos, segundo um novo balanço da administração local, que atualizou para baixo o número de óbitos. 

"O que se manifesta é que, na tarde de sexta-feira, começou o enfrentamento entre as duas insurgências", indicou à Blu Radio Celso Rincón, representante da Defensoria do Povo.  

Devido ao recrudescimento da violência, mais de 10 mil efetivos da força pública estão destacados nesta região repleta de plantações de drogas.  

Acompanhado de altos comandantes militares, o ministro da Defesa Iván Velásquez lidera a ofensiva para retirar os rebeldes do conflituoso município de Ocaña. À tarde está prevista uma visita do presidente Gustavo Petro.  

"Atualmente, estão em andamento quatro operações ofensivas [...] com enfoque particular na confrontação ao Exército de Libertação Nacional (ELN) e a outros grupos armados", assinalou o Ministério da Defesa em nota. 

Os mortos identificados nesta segunda, ao que parece, pertenciam às dissidências das Farc, segundo a administração do departamento de Norte de Santander, ao qual pertence Catatumbo.  

Segundo a inteligência militar, o ELN busca acabar com a Frente 33 das dissidências das Farc, que passaram de seus aliados a seus inimigos na região. 

Com 60 anos de história, o ELN tem um componente militar muito superior ao das dissidências, com cerca de 5.800 combatentes.  

O Ministério da Defesa expediu na sexta-feira um cartaz no qual oferece uma recompensa de 3 bilhões de pesos colombianos (R$ 4,2 milhões) pelos principais líderes do ELN, entre eles: "Antonio García", "Pablo Beltrán" e "Gabino". 

lv/vd/dga/rpr/mvv

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