Venezuela soma quase 1.900 libertações de detidos nos protestos contra a reeleição de Maduro

Mais de 380 detidos durante os protestos que eclodiram contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro em julho na Venezuela foram soltos durante a última semana, após uma revisão de seus casos, somando um total de 1.896 libertações, informou neste sábado (25) o procurador-geral Tarek William Saab.

Mais de 2.400 pessoas foram presas nas manifestações contra a reeleição do governante chavista para um terceiro mandato de seis anos, em meio a denúncias de fraude por parte da oposição, com um saldo de 28 mortos e cerca de 200 feridos.

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"Foram solicitadas e acordadas, nos dias 16 de janeiro e 24 de janeiro de 2025, um total de 381 revisões, as quais somadas às tramitadas anteriormente e que foram informadas em comunicados prévios, resultam em um total de 1.896 libertações concedidas até a presente data", indicou o Ministério Público venezuelano.

"Estão livres", confirmou Saab à AFP.

O Ministério Público destacou que as libertações são resultado de uma "atualização permanente das investigações que realiza, incluindo aquelas relacionadas a pessoas envolvidas nos atos de violência pós-eleições, determinadas em conjunto com o Poder Judiciário".

Enviados a presídios de segurança máxima, os detidos foram acusados de "terrorismo" e outros crimes. Três dos presos morreram na cadeia.

Maduro foi proclamado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) com 52% dos votos.

Até o momento, não foi divulgada uma contagem detalhada dos votos, como exige a lei, enquanto a oposição publicou em um site cópias de atas eleitorais com as quais reivindica vitória do candidato Edmundo González Urrutia.

O CNE, por sua vez, informou que seus sistemas de computação foram invadidos, o que impediu a divulgação dos dados detalhados de cada centro de votação.

mbj/pgf/val/jb/yr

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