Trump lança campanha de deportação em massa de imigrantes irregulares nos EUA

Autoridades dos Estados Unidos prenderam 538 "imigrantes ilegais" e deportaram "centenas" em uma grande operação apresentada pela Casa Branca como "a maior" da história, a poucos dias do início do segundo mandato de Donald Trump.

Trump prometeu reprimir a imigração ilegal durante sua campanha e começou seu segundo mandato com uma série de ações para impedir a entrada nos Estados Unidos. 

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"O governo Trump prendeu 538 imigrantes ilegais criminosos" e "deportou centenas" deles "em aviões militares", disse Karoline Leavitt na rede social X. 

"A maior operação de deportação em massa da história está em andamento. Promessas feitas. Promessas cumpridas", escreveu a secretária de imprensa da Casa Branca. 

Trump demonizou os migrantes durante sua campanha, descrevendo-os como "selvagens", "animais" ou "criminosos", e prometeu a maior deportação da história em um país onde cerca de 11 milhões de pessoas vivem em situação irregular. 

- "Aterroriza ilegalmente a população" -

Na quinta-feira, o prefeito de Newark (Nova Jersey), Ras Baraka, denunciou que agentes do serviço de imigração "invadiram um estabelecimento local (...) detendo moradores e cidadãos sem documentos, sem apresentar uma ordem judicial". 

O prefeito disse que um dos presos é um veterano do Exército americano, uma ação que ele chamou de "ato atroz e uma violação flagrante" da Constituição dos Estados Unidos. 

"Newark não ficará parada enquanto sua população é aterrorizada ilegalmente", acrescentou Baraka. 

Trump anunciou na terça-feira que seu governo restabelecerá o programa "Remain in Mexico" (Permaneça no México, em tradução livre) — uma política que ele implementou em seu primeiro mandato (2017-2021) — que envolve requerentes de asilo esperando no lado mexicano da fronteira enquanto sua petição é processada. 

O presidente cancelou um programa que seu antecessor Joe Biden havia criado para fornecer vias legais para requerentes de asilo que fugiam da violência e denunciavam perseguição política. Esta medida afeta muitas pessoas de países da América Central e do Sul. 

Trump também suspendeu até novo aviso todas as chegadas aos Estados Unidos de refugiados que solicitaram asilo, incluindo aqueles que o obtiveram. 

Os decretos de Trump também incluem uma ordem executiva que busca restringir o direito à cidadania por nascimento nos Estados Unidos, consagrado na 14ª Emenda da Constituição, adotada na segunda metade do século XIX. 

Um juiz federal em Seattle suspendeu temporariamente a ordem na quinta-feira. 

No início desta semana, o Congresso de maioria republicana aprovou uma lei para prorrogar a prisão preventiva de estrangeiros ilegais suspeitos de crimes. 

Em sua retórica, Trump frequentemente usa a palavra "invasão" para se referir à entrada de imigrantes sem visto nos Estados Unidos e os acusa de envenenar o "sangue" do país.

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