Geração de energia nuclear deve bater recorde em 2025, diz AIE

Autor DW Tipo Notícia

Agência Internacional de Energia prevê pico de produção nuclear neste ano, impulsionado pela crescente demanda por eletricidade e por países emergentes, principalmente a China.A crescente demanda por eletricidade em todo mundo deve elevar a produção de energia nuclear a um nível recorde em 2025, segundo estudo da Agência Internacional de Energia (AIE) divulgado nesta quinta-feira (16/01). "Hoje está claro que o forte retorno da energia nuclear previsto pela AIE há vários anos está bem encaminhado, com a energia nuclear pronta para gerar um nível recorde de eletricidade em 2025", disse o diretor executivo da AIE, Fatih Birol. A agência projeta que o conjunto global de 410 reatores em 30 países produza 2.900 terawatts-hora em 2025, impulsionado pelas demandas da indústria, centros de dados e até veículos elétricos. Crescimento em países emergentes Embora alguns países como a Alemanha estejam eliminando gradualmente a energia nuclear ou desativando suas usinas, outros seguem no caminho contrário. De acordo com a organização, a geração global de eletricidade nuclear deve crescer até o final do ano, já que 40 países buscam expandir ou implantar usinas deste tipo em 2025 – o maior interesse no modelo desde a crise do petróleo na década de 1970. Até o final de 2024, 62 novos reatores nucleares estavam em implantação, correspondentes a 70 gigawatts de produção. Destes, 46 estavam sendo construídos por economias emergentes, metade deles somente na China. O país asiático agora tem a terceira maior frota nuclear em operação no mundo. O Japão também está retomando a produção e novos reatores estão entrando em operação em países como Índia e Coreia do Sul. Na Europa, a França concluiu o trabalho de manutenção em suas usinas nucleares, embora enfrente atrasos e aumentos de custos devido à necessidade de modernização das plantas. A agência alertou que a expansão da energia nuclear depende muito da tecnologia e dos recursos chineses e russos, como o urânio, o que acarreta o risco de futuras dependências. Investimento privado A AIE disse ainda que, embora a energia nuclear tenha tradicionalmente dependido de financiamento estatal, os investidores privados também são necessários para uma rápida expansão do setor; Isso acontece em especial dado o crescimento de uma nova geração de reatores nucleares, os chamados "Pequenos Reatores Modulares", que deve ganhar maior protagonismo nos próximos anos, segundo a AIE. Hoje a energia nuclear é responsável por quase 10% da geração global de eletricidade e é a segunda maior fonte de eletricidade de baixa emissão, depois da energia hidrelétrica. gq/ra (AFP, DPA, ots)

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