Duas ativistas ambientalistas são acusadas de vandalizar túmulo de Darwin em Londres
Duas ativistas do grupo ambientalista Just Stop Oil foram acusadas em Londres, nesta terça-feira (14), de vandalizar o túmulo do famoso naturalista Charles Darwin, na Abadia de Westminster, com pichações feitas um dia antes para denunciar a inação política em relação às mudanças climáticas.
As duas mulheres, Alyson Lee, 66, e Diane Bligh, 77, estão sendo processadas por “danos criminais” e comparecerão ao Tribunal de Magistrados de Westminster nos dias 11 e 12 de fevereiro, respectivamente.
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Em um vídeo publicado pelo grupo no X, as duas ativistas podem ser vistas escrevendo com tinta laranja “1,5 is dead” (1,5 está morto), uma referência ao limite de 1,5°C para o aumento da temperatura global estabelecido pelo Acordo de Paris.
O observatório europeu Copernicus informou na sexta-feira que 2024 foi o ano mais quente já registrado e será o primeiro a exceder a referência de aquecimento de 1,5°C, em relação ao período pré-industrial.
A ação visa exigir “que o governo do Reino Unido trabalhe com outros (países) para acabar com a extração e o uso de combustíveis fósseis até 2030”, disse a Just Stop Oil em um comunicado.
“Darwin se reviraria no túmulo se soubesse que estamos no meio de uma sexta extinção em massa”, disse um dos dois manifestantes, Alyson Lee, no vídeo publicado on-line pelo grupo, conhecido por suas ações contundentes para denunciar a exploração de hidrocarbonetos.
No passado, o grupo concentrou suas ações em locais culturais no Reino Unido, como a National Gallery, onde os ativistas jogaram sopa na obra “Sunflowers” de Vincent Van Gogh, bem como em eventos esportivos, como o Grande Prêmio de Fórmula 1 em Silverstone ou o torneio de tênis de Wimbledon.
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