Tribunal russo condena americano a 15 anos de prisão por 'espionagem'
Um tribunal da Rússia condenou nesta terça-feira (24) um cidadão americano, Gene Spector, a 15 anos de prisão por uma acusação de "espionagem", anunciou a imprensa estatal do país.
Spector deverá cumprir a sentença "em uma colônia penal de regime rigoroso", afirma o veredicto citado pela agência Ria Novosti.
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O americano de origem russa também terá que pagar uma multa de 14 milhões de rublos (140.000 dólares, 866.000 reais).
O julgamento aconteceu com portas fechadas e poucos detalhes sobre as acusações contra Spector foram revelados.
Vários cidadãos ocidentais, em particular americanos, foram detidos na Rússia e indiciados por acusações graves desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Spector já havia sido condenado em setembro de 2022 a três anos e meio de prisão por "corrupção", em um caso que envolveu uma ex-assistente do ex-vice-primeiro-ministro russo Arkadi Dvorkovich.
As autoridades russas anunciaram em 2023 que ele também foi acusado de espionagem e que se declarou culpado, depois de assinar um acordo de cooperação com os investigadores.
O caso é considerado confidencial e os detalhes não foram divulgados.
Segundo a agência TASS, Spector nasceu e cresceu na Rússia antes de se mudar para os Estados Unidos, onde obteve a nacionalidade americana. Ele foi presidente do conselho de administração do grupo russo de empresas Medpolimerprom.
Em 1º de agosto, as potências ocidentais e a Rússia realizaram a maior troca de prisioneiros desde o fim da Guerra Fria.
A troca de presos incluiu a libertação por Moscou do jornalista americano Evan Gershkovich e do ex-fuzileiro naval Paul Whelan.
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