EUA envia funcionário à Síria em busca de jornalista sequestrado em 2012
Austin Tice, desaparecido há mais de uma década, é alvo de nova missão dos EUA, após queda de Bashar al Assad.Nesta segunda-feira (9), os Estados Unidos reafirmaram o compromisso de buscar a libertação de Austin Tice, jornalista sequestrado em Damasco, na Síria, em 2012. Roger Carstens, enviado especial dos EUA para assuntos relacionados a reféns, foi enviado a Beirute, no Líbano, para obter informações sobre o paradeiro de Tice.
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A iniciativa ocorre após a fuga do ex-presidente sírio Bashar al Assad, derrubado no fim de semana por uma ofensiva de rebeldes islamistas, encerrando décadas de governo autoritário em sua família.
“Continuaremos buscando informações sobre Austin Tice com todas as partes envolvidas, para poder encontrá-lo e trazê-lo de volta para casa com sua família e seus entes queridos”, disse Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, durante um evento em Washington.
Família de Tice mantém esperança
A mãe de Austin Tice, Debra Tice, declarou na última sexta-feira que recebeu informações do governo dos EUA indicando que seu filho está vivo e sendo “bem tratado”. Apesar de mais de uma década de incertezas, a família mantém a esperança de um desfecho positivo.
Austin Tice era fotojornalista independente e colaborava com veículos como a Agence France Presse (AFP), McClatchy News, The Washington Post e a rede CBS. Ele foi detido em 14 de agosto de 2012, aos 31 anos, em um posto de controle nos arredores de Damasco.
Colaboração com organizações locais
De acordo com Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, os Estados Unidos estão dispostos a trabalhar com qualquer organização que possa fornecer informações sobre o jornalista.
“A viagem de Carstens é uma demonstração clara de nosso empenho em trazer Austin para casa”, comentou Miller. A missão reflete os esforços americanos para aproveitar a instabilidade política na região e buscar respostas.
Um símbolo de resiliência
O caso de Austin Tice tornou-se emblemático da luta contra o sequestro de jornalistas em zonas de conflito. A nova missão dos EUA busca reabrir canais de comunicação com interlocutores regionais e, finalmente, solucionar o desaparecimento de Tice, que há mais de 12 anos simboliza a complexidade do conflito sírio.
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