Rebeldes declaram queda de Bashar al-Assad após 24 anos no poder na Síria

Após 13 anos de guerra civil, rebeldes sírios anunciam "libertação" de Damasco

O regime de Bashar al-Assad foi declarado derrubado neste domingo, 8, com a tomada de Damasco pelos rebeldes liderados pelo grupo radical islâmico Hayat Tahrir Al-Sham (HTS). A informação foi transmitida pela televisão pública síria, agora sob controle dos opositores.

O paradeiro de Assad permanece desconhecido, embora autoridades iranianas, seus aliados, afirmem que ele ainda se encontra na capital.

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Desde 27 de novembro, o HTS e aliados intensificaram sua campanha contra o governo, capturando rapidamente áreas estratégicas do território sírio, incluindo as cidades de Aleppo, Hama e Homs.

O cerco à capital teve início no sábado, 7, culminando com o anúncio da deposição no dia seguinte. Estima-se que os rebeldes tenham tomado cerca de 50 áreas em menos de 96 horas.

O governo Assad e a guerra civil

Bashar al-Assad assumiu o poder em 2000, sucedendo seu pai, Hafez al-Assad, que liderava o país desde 1971. A dinastia Assad governou a Síria por mais de cinco décadas, mas o país mergulhou em uma guerra civil em 2011, impulsionada por protestos populares durante a Primavera Árabe – onda de protestos e revoluções contra regimes ditatoriais que varreu vários países do Oriente Médio e do Norte da África a partir de 2010

Ao longo do conflito, Assad contou com apoio decisivo de aliados como Rússia e Irã, retomando parte do território dominado por grupos opositores.

Porém, também enfrentou o surgimento e a expansão do Estado Islâmico, derrotado em seu último reduto sírio em 2019.

Destino incerto 

Relatos iniciais sugerem que Assad teria deixado Damasco antes da chegada das tropas rebeldes. Ele teria embarcado em um avião durante a ofensiva. O governo sírio ainda não confirmou essa informação.

A queda de Bashar al-Assad marca o possível fim de uma das dinastias mais longas da política moderna no Oriente Médio. O cenário de instabilidade, no entanto, deve persistir diante das disputas internas entre os diversos grupos rebeldes e os impactos de 13 anos de guerra civil. 

Enquanto isso, as atenções internacionais voltam-se para o futuro político da Síria e o papel de potências regionais no desfecho do conflito. 

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