Trudeau chega à Flórida para encontro com Trump em meio a ameaças aduaneiras
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, chegou à Flórida na sexta-feira para um jantar com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em sua propriedade em Mar-a-Lago, no momento em que o novo mandatário promete novas tarifas sobre as importações canadenses.
A reunião, que não havia sido anunciada, ocorre em um cenário no qual Canadá e México tentam mitigar o impacto das ameaças comerciais de Trump, que, segundo especialistas, também podem afetar fortemente os consumidores dos Estados Unidos.
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Trudeau foi visto saindo de um hotel em West Palm Beach antes de sua chegada a Mar-a-Lago, sendo o mais recente convidado de alto nível do presidente eleito, que já começou a ofuscar os últimos meses do governo de Joe Biden.
Trump causou pânico na segunda-feira ao anunciar que estabeleceria tarifas de 25% sobre as importações do México e do Canadá, e de 10% em produtos da China.
Ele acusou estes países de não fazerem o suficiente para impedir a "invasão" de drogas nos EUA, "particularmente o fentanil", bem como de migrantes sem documentos.
Biden alertou no mesmo dia que o anúncio do republicano poderia "arruinar" as relações de Washington com Ottawa e Cidade do México.
"É contraproducente", disse o presidente em fim de mandato.
Para o Canadá, as novas tarifas representam um alto risco. Mais de 75% das exportações do Canadá, cerca de US$ 423 bilhões (R$ 2,6 trilhões na cotação atual), foram para os EUA no ano passado, e cerca de dois milhões de empregos canadenses dependem do comércio com o país vizinho.
Uma fonte do governo canadense disse à AFP que Ottawa está considerando possíveis tarifas retaliatórias contra os Estados Unidos.
"Quando Donald Trump faz declarações como essa, planeja levá-las adiante", afirmou Trudeau.
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