Empresário come banana artística que comprou por US$ 6 milhões

Antes de protagonizar o aguardado ato de comer a banana, Justin Sun classificou a obra de arte como "icônica" e a comparou às criptomoedas

10:49 | Nov. 29, 2024

Por: AFP
Fundador de criptomoeda chinês, Justin Sun come uma banana, parte de obra de arte presa a uma parede com fita adesiva, em Hong Kong, em 29 de novembro de 2024. Provocativa obra conceitual do artista italiano Maurizio Cattelan foi adquirida em um leilão em Nova York por US$ 6,2 milhões (foto: Peter PARKS / AFP)

Após gastar 6,2 milhões de dólares (quase R$ 34 milhões na cotação atual) em uma obra de arte que consistia em uma banana pendurada na parede com uma fita adesiva prateada, um empresário sino-americano cumpriu sua promessa e comeu a fruta nesta sexta-feira, 29.

Em um luxuoso hotel de Hong Kong, Justin Sun, fundador da plataforma de criptomoedas Tron, devorou a banana diante de dezenas de jornalistas e influenciadores digitais. "Está realmente muito boa", declarou.

"É muito melhor do que as outras bananas", declarou após dar a primeira mordida. "É realmente muito boa", acrescentou com ênfase.

Antes de protagonizar o momento mais aguardado, fez um discurso classificando a obra de arte como "icônica" e comparando-a à arte conceitual e às criptomoedas.

Banana fixada a parede

A obra, intitulada "Comedian", foi criada pelo artista italiano Maurizio Cattelan, conhecido por sua fama de provocativo e iconoclasta. Na semana passada, ela foi leiloada em Nova York por 6,2 milhões de dólares em uma venda organizada pela Sotheby's.

"Comê-la durante uma coletiva de imprensa também pode ser parte da história desta obra de arte", explicou ele na sexta-feira.

Existem três exemplares da obra e ela foi idealizada para questionar a noção de arte e seu valor. Desde sua primeira exposição em 2019 em Miami, gerou um enorme debate.

O proprietário recebe um certificado de autenticidade e instruções sobre como substituir a banana quando ela começar a se decompor.

Justin Sun comparou trabalhos conceituais como "Comedian" à arte NFT (um ativo digital único) e à tecnologia blockchain descentralizada.

"A maioria destes objetos e ideias existe como propriedade intelectual e na internet, em vez de algo físico", disse ele.