Rússia: ataque com míssil hipersônico na Ucrânia foi aviso ao Ocidente

O Kremlin afirmou, nesta sexta-feira (21), que o ataque à Ucrânia usando um míssil balístico hipersônico, desenvolvido recentemente, foi projetado como mensagem para o Ocidente de que Moscou responderá às decisões e ações "imprudentes" em apoio à Ucrânia.

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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, falou um dia depois que o presidente Vladimir Putin disse que Moscou havia disparado o novo míssil - Oreshnik ou Hazel Tree - contra instalação militar ucraniana.

"A principal mensagem é que as decisões e ações imprudentes dos países ocidentais que produzem mísseis, fornecendo-os à Ucrânia e, posteriormente, participando de ataques ao território russo, não podem ficar sem uma reação", disse Peskov aos repórteres.

"O lado russo demonstrou claramente sua capacidade, e os contornos de outras ações de retaliação, caso nossas preocupações não sejam levadas em conta, foram claramente delineados."

Peskov afirmou que a Rússia não era obrigada a avisar os Estados Unidos sobre o ataque, mas informou ao país 30 minutos antes do lançamento.

O presidente Vladimir Putin permanece aberto ao diálogo, disse Peskov, acrescentando que o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, "prefere continuar no caminho da escalada".

Putin afirmou, na quinta-feira (20), que a Rússia havia disparado o novo míssil depois que a Ucrânia, com a aprovação do governo Biden, atacou a Rússia com seis mísseis ATACMS, fabricados nos EUA, e com mísseis de cruzeiro britânicos Storm Shadow e HIMARS

Para ele, isso significava que a guerra na Ucrânia havia agora "adquirido elementos de caráter global".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que o uso do novo míssil pela Rússia representou "uma escalada clara e severa" na guerra e pediu forte condenação mundial.

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