Governista Delgado diz que 'maioria silenciosa' vai elegê-lo presidente do Uruguai
O candidato governista à Presidência do Uruguai, Álvaro Delgado, encerrou sua campanha para o segundo turno nesta quarta-feira (20), assegurando que uma "maioria silenciosa" a favor da "continuidade" do governo de centro direita lhe dará a vitória no próximo domingo.
"Sabem quem vai nos eleger em 24 (de novembro)?", perguntou o ex-secretário da Presidência do atual chefe de Estado, Luis Lacalle Pou, em um comício no Obelisco de Montevidéu, que contou com a presença de todos os líderes dos partidos membros da coalizão no poder, que apoiam sua candidatura.
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"(Votará em nós) Uma maioria silenciosa que não tem bandeira, que não tem faixas (de propaganda nos prédios), que hoje prefere a continuidade de um governo que foi melhor que o governo da Frente Ampla (FA)", assegurou Delgado.
Seu adversário, o opositor de esquerda Yamandú Orsi, candidato da FA, que presidiu o país de 2005 a 2015, foi o mais votado no primeiro turno das eleições nacionais de 27 de outubro, quando obteve 43,9%, longe da metade mais um dos votos necessários para definir o pleito.
Agora, Orsi aparece com uma leve vantagem nas consultas de intenção de voto diante de Delgado, mas os institutos de pesquisa advertem que a distância entre os dois está dentro da margem de erro e que parte do eleitorado ainda não decidiu seu voto ou poderia mudá-lo.
Delgado destacou, nesta quarta-feira, que "nem os mais opositores" podem negar que o país hoje está "melhor" do que em 2019, e enumerou avanços na infraestrutura, na saúde, nas políticas sociais, na habitação e na segurança, alcançados, segundo ele, na gestão do atual presidente, a quem a Constituição não permite disputar a reeleição.
O candidato governista, que se projetou como o presidenciável após se destacar como porta-voz do governo de Lacalle Pou durante a pandemia, também convocou os uruguaios a pensarem em que gostariam de ter "no timão" se ocorrer outra crise.
"Sinto que estou preparado, que tenho a experiência", disse Delgado, em um púlpito com a inscrição "O Uruguai em boas mãos".
"Nós, que estamos aqui (representamos) certezas, garantias, futuro, tranquilidade, valores, tolerância, respeito, liberdade, desenvolvimento, inclusão: esse é o Uruguai que queremos", enfatizou.
"Nestes quatro dias jogamos os próximos cinco anos", advertiu, pedindo um "último esforço" para dizer ao povo "que há equipe" e "há futuro".
Ariel Areco, eleitor do Partido Nacional, espera "o mesmo" de uma Presidência de Delgado que da de Lacalle Pou. "Todos pensamos parecido, é possível governar", disse à AFP a respeito da coalizão que o apoia.
"Esperemos que nós ganhemos", acrescentou, após criticar os "maus negócios" dos três mandatos da Frente Ampla.