Presidentes de China e Argentina têm reunião bilateral no G20
17:34 | Nov. 19, 2024
O presidente argentino, Javier Milei, teve, nesta terça-feira (19), uma reunião bilateral com o colega chinês, Xi Jinping, paralelamente à reunião de cúpula do G20 no Rio de Janeiro. Segundo o governo argentino, os dois líderes manifestaram interesse em expandir suas relações comerciais.
“Foram discutidos temas relevantes para a relação bilateral, incluindo a cooperação construtiva e a ampliação das relações comerciais”, informou o porta-voz da Presidência.
Segundo o governo argentino, “a China expressou interesse em aumentar o comércio com o país, enquanto a Argentina manifestou seu desejo de diversificar e ampliar sua oferta de exportações para o mercado chinês”.
“Reafirmaram-se os vínculos e acordos comerciais e financeiros vigentes, bem como o desejo de seguir explorando novas oportunidades de ampliar e melhorar tudo o que envolve o fortalecimento da relação bilateral”, acrescentou o porta-voz.
A agência estatal chinesa Xinhua ressaltou que "China e Argentina têm estruturas econômicas e comerciais altamente complementares, e perspectivas amplas de cooperação", destacando que "a China também está disposta a continuar a cooperação financeira" e a ajudar a Argentina a "manter a estabilidade econômica e financeira".
Segundo dados oficiais de setembro, a China é o parceiro comercial mais importante da Argentina, depois do Brasil.
Na campanha que o levou à Presidência em 2023, Milei havia afirmado que não faria negócios com a China, nem "com nenhum comunista”, mas acabou adotando uma postura mais pragmática no cargo.
Diferentemente do Brasil, a Argentina faz parte da iniciativa "Belt and Road", um grande plano de infraestrutura lançado em 2013 por Xi Jinping, que pretende unir continentes como uma nova rota da seda.
“A China é um parceiro comercial muito interessante. Não exigem nada, a única coisa que pedem é que não sejam incomodados”, disse Milei em setembro.
O presidente argentino também se reuniu no Rio de Janeiro com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, e com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
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