Trump aposta na lealdade ao distribuir cargos de futuro governo

Donald Trump segue distribuindo cargos apostando em aliados e perfis de linha dura para os postos mais importantes de seu futuro governo, antes de se reunir com Joe Biden na Casa Branca na quarta-feira (12).

O republicano, que volta à Presidência após a vitória eleitoral na semana passada, avança a passos firmes para nomear colaboradores para postos-chave.

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Após ter designado três de seus 'tenentes' para a ONU, Meio Ambiente e Imigração, o presidente eleito anunciará, segundo a imprensa local, o influente senador latino Marco Rubio como chefe da diplomacia.

Defensor de uma linha muito dura contra China e Irã, esse senador de 53 anos copresidiu até agora a comissão de inteligência no Senado.

Trump e Rubio, porém, nem sempre se deram bem. O legislador de origem cubana enfrentou o bilionário nas primárias republicanas de 2016 e, durante a campanha, zombou abertamente de Trump. Mas os dois homens não guardam rancor.

Se confirmada a nomeação, isso pode causar arrepios em Kiev. Rubio afirmou no início de novembro que é preciso "terminar" a guerra na Ucrânia, pois ela chegou a um "ponto morto".

Trump, que prometeu acabar com as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, sem nunca explicar como, está considerando outro "falcão", o congressista da Flórida Michael Waltz, para o cargo estratégico de conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca.

- Cachorra morta com um tiro -

Também é esperado que ele nomeie a governadora Kristi Noem, uma leal escudeira, para dirigir o Departamento de Segurança Nacional, responsável pelas alfândegas e fronteiras e atualmente comandado por Alejandro Mayorkas.

A governadora de Dakota do Sul foi considerada por algum tempo uma possível candidata à vice-presidência, mas suas chances desabaram quando ela contou ter matado sua cachorra com um tiro porque ela era "indomável".

A notícia gerou uma avalanche de reações nas redes sociais e nas discussões televisivas, em um país onde muitos cidadãos adoram seus animais de estimação.

- Trump em Washington -

Donald Trump estará em Washington nesta quarta-feira para se reunir com o presidente Biden - seu sucessor e futuro antecessor -, que prometeu uma transição "pacífica e ordenada" do poder após a derrota eleitoral da vice-presidente Kamala Harris.

O magnata de 78 anos, que tomará posse em 20 de janeiro, também se reunirá com congressistas republicanos.

O 47º presidente dos EUA deve gozar de plenos poderes em Washington, já que seu partido conquistou a maioria no Senado e deverá manter o controle da Câmara dos Representantes, segundo um cálculo eleitoral ainda em andamento.

"É uma manhã magnífica em Washington, é um novo dia para os Estados Unidos", comemorou o republicano Mike Johnson, que deverá, salvo grande surpresa, continuar presidindo a Câmara Baixa do Congresso.

A liderança no Senado será decidida por uma eleição interna entre os republicanos. O homem mais rico do planeta, Elon Musk, que desempenhou um papel inédito na campanha de Trump, aposta em Rick Scott, senador pela Flórida.

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