Madison Square Garden recebe Trump; Kamala visita Pensilvânia

Donald Trump se apresenta neste domingo (27) na arena mais emblemática de Nova York, o Madison Square Garden, diante de milhares de seguidores, enquanto Kamala Harris percorre bairros da Filadélfia faltando pouco mais de uma semana para as eleições mais acirradas da história dos Estados Unidos.

Enquanto o ex-presidente republicano e a vice-presidente democrata concluem seus compromissos eleitorais antes do pleito de 5 de novembro, as pesquisas sugerem um empate entre ambos os candidatos à Casa Branca.

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Neste domingo, no comício do republicano no "ginásio mais famoso do mundo" estarão figuras como o bilionário Elon Musk, que tem participado pessoalmente da campanha de Trump.

O Madison Square Garden - com capacidade para quase 20.000 pessoas - é um palco histórico da vida esportiva e cultural dos Estados Unidos. O local já recebeu artistas do calibre de Rolling Stones, Madonna e U2, além de convenções presidenciais democratas e republicanas ao longo de décadas. 

Contudo, a associação do local com o grupo de extrema direita Bund, que em 1939 organizou ali um comício com simbologia nazista, tem gerado comentários ácidos. 

"Este é um lugar icônico para um homem icônico, ponto", disse Christine Randall, apoiadora de Trump que trabalha em Manhattan, ao tentar minimizar a importância às conexões do passado com o partido nazista.

- 'Sem nos arrependermos de nada' -

Kamala, por sua vez, planejou um domingo repleto de atos proselitistas na cidade mais populosa da Pensilvânia, incluindo paradas em uma igreja da comunidade afrodescendente, uma barbearia, e um restaurante porto-riquenho.

"Devemos nos levantar no dia seguinte às eleições sem nos arrependermos de nada", disse Kamala em um comício na Filadélfia.

"Vamos estar junto de nossas famílias, amigos, companheiros de classe e nossos vizinhos. Vamos falar sobre o que está em jogo nestas eleições e sobre seu poder", acrescentou.

Esta é a 14ª viagem da vice-presidente à Pensilvânia desde que, em julho, assumiu a candidatura democrata após a desistência surpreendente do presidente Joe Biden. 

"Esta é a maior e melhor chance de ter no cargo uma mulher negra", disse à AFP Myrda Scott, da Filadélfia, em um dos eventos da campanha democrata nessa cidade. 

Scott, que também é negra, acrescentou: "Estamos todos nos unindo para que isso aconteça."

Na próxima terça, Kamala apresentará o que sua campanha chamou de seu "argumento final" em Washington, no mesmo parque onde Trump reuniu seus apoiadores antes dos distúrbios de 6 de janeiro de 2021. 

"É muito importante que o povo americano veja e pense em quem vai ocupar" a Casa Branca, disse a vice-presidente à rede CBS neste domingo. 

"Será Donald Trump ou serei eu quem estará sentado atrás do Resolute Desk no Salão Oval", acrescentou.

- Um 'temor genuíno' de que Trump vença -

No sábado, a ex-primeira-dama Michelle Obama, uma das personalidades de mais alto perfil que apoia Kamala, expressou seu "temor genuíno" de que Trump possa retomar a Casa Branca. 

Kamala será uma "presidente extraordinária", disse a esposa do ex-presidente Barack Obama. Mas ela também falou de um sentimento de frustração e ansiedade depois que a vice-presidente perdeu impulso nas últimas semanas. 

"Minha esperança em Kamala também está acompanhada de um temor genuíno", disse Michelle Obama. "Por que esta corrida está tão acirrada?", perguntou. 

Com mais de 40 milhões de eleitores que já estão votando de forma antecipada, os americanos devem escolher entre a primeira mulher presidente do país e o candidato mais velho da história. 

Com 78 anos, Trump continua se negando a aceitar sua derrota no pleito de 2020 e sugere que voltaria a fazer o mesmo em caso de um novo revés em novembro, o que pode levar os Estados Unidos a um estado de caos. 

Em sua surpreendente vitória de 2016, Trump triunfou em Michigan, Wisconsin e Pensilvania, três estados que costumam se inclinar para o campo democrata, que Biden recuperou quatro anos depois. 

O republicano aspira vencer em um ou mais desses três estados, bem como nos estados-pêndulo (sem tendência política definida) do sul do país.

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