Cigarro perde espaço para sachê de nicotina entre jovens nos EUA
Os sachês de nicotina se tornaram mais populares do que os cigarros entre os jovens americanos, que reduziram seu consumo de produtos de tabaco ao nível mais baixo dos últimos 25 anos, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (17).
Os sachês, que são colocados sob o lábio superior, foram usados por 1,8% dos estudantes do país em 2024, contra 1,5% em 2023, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o que os torna o segundo produto mais popular depois do cigarro eletrônico, que lidera o consumo nesse segmento há 11 anos e é usado por 5,9% dos jovens.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Embora os sachês de nicotina tenham surgido há uma década e estejam restritos legalmente a maiores de 21 anos, eles se tornaram uma tendência entre os jovens promovida nas redes sociais por “Zynfluencers”, uma brincadeira com o nome da marca mais vendida, Zyn.
Os CDC comemoraram a queda no consumo dos produtos de tabaco em geral, que atribuíram a fatores como aumento dos preços, campanhas na mídia e políticas de ambientes livres de fumo, que incluem os cigarros eletrônicos.
“Atingir o nível mais baixo em 25 anos de consumo de produtos de tabaco entre os jovens é um marco extraordinário para a saúde pública”, disse Deirdre Lawrence Kittner, diretora do Escritório de Tabagismo e Saúde dos CDC. “No entanto, com mais de 2 milhões de jovens consumindo produtos de tabaco e certos grupos em que não observamos uma queda do consumo, nossa missão está longe de ser concluída."
Em 2024, 2,25 milhões de estudantes do ensino médio declararam um consumo atual de algum produto de tabaco - definido como o consumo em um ou mais dias em um intervalo de 30 dias -, contra 2,8 milhões em 2023.
O uso de cigarro eletrônico caiu para 1,63 milhão de jovens, contra 2,13 milhões no ano anterior, enquanto o uso de narguilé diminuiu de 290 mil no ano passado para 190 mil jovens em 2024. Já o consumo de cigarro de tabaco atingiu o nível mais baixo já registrado pela pesquisa anual: 1,4% dos estudantes disseram fumar, contra 1,6% no ano passado.
Os dados do CDC mostram um progresso desigual entre os diferentes grupos demográficos. Entre os jovens de origem indígena, cresceu o consumo geral de produtos de tabaco, enquanto o uso dos sachês de nicotina aumentou entre os estudantes brancos.
ia/st/mel/val/lb/ic