Navio da Vergonha: o que a embarcação transporta para que nenhum porto queira recebê-la

Os portos da Namíbia, em Montenegro, Eslovênia, Croácia e da ilha de Malta já proibiram o navio de atracar

A imprensa portuguesa apelidou a embarcação MV Kathrin como “Navio da Vergonha” por usar a bandeira de Portugal e colocar o país como aliado às intenções de Benjamin Netanyahu em territórios palestinos. O navio cargueiro de 130 metros é suspeito de transportar explosivos altamente perigosos que seriam utilizados contra o Hamas.

Apesar de ter registro em Portugal e navegar com a bandeira portuguesa no mastro, o MV Kathrin pertence a um armador alemão. A embarcação está sendo impedida de atracar em diversos portos do Mar Adriático e Mediterrâneo pela suspeita de estar transportando explosivos que seriam usados em territórios palestinos contra o Hamas.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Conforme o movimento articulado por organizações de direitos humanos, o MV Kathrin transporta oito contêineres de um explosivo chamado RDX, conhecido como Hexogeno, de elevado poder destrutivo. A carga teria sido encomendada pelo governo de Israel.

Os portos da Namíbia, em Montenegro (que seria o destino original), Eslovênia, Croácia e da ilha de Malta já proibiram o navio de atracar.

Desde que partiu do porto de Hai Phong, no Vietnã, no fim de julho, MV Kathrin passou a ser monitorado pela Anistia Internacional. Seu armador alega que a embarcação precisa parar em algum porto para repor os suprimentos e trocar a tripulação. No momento, ele navega sem rumo definido.

Conforme a Anistia Internacional, o carregamento fere a legislação do Direito Internacional Humanitário (DIH) que proíbe a transferência de armas para partes envolvidas em conflitos armados quando houver risco de execuções em massa e crimes de guerra. Por isso, começaram a pressionar o governo português para cassar o registro do navio.

Devido à pressão dos grupos de direitos humanos e oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU), a empresa responsável pelo navio pretende mudar o registro da embarcação para outro país, prática chamada no meio marítimo de “Bandeira de Conveniência”, que pode facilitar a atracação.

Desde o início dos decorrentes ataques de Israel aos territórios palestino, principalmente na Faixa de Gaza, que já duram mais de um ano, cerca de 42 mil pessoas foram mortas nesta região e mais de 97 mil ficaram feridas. Os números são imprecisos, visto que há relatos de pessoas presas sob os escombros de instalações destruídas pelos ataques israelenses, como prédios residenciais, estruturas humanitárias e escolas.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar