Trump ataca Kamala durante comício em cidade natal de Biden
O candidato republicano à Casa Branca Donald Trump chamou, nesta quarta-feira (9), de "mentirosa" sua rival democrata Kamala Harris, e disse que a vice-presidente dos Estados Unidos "nem sequer sabe onde está".
"Ela é uma incompetente, não podemos confiar nela e é totalmente incapaz de ser presidente", disparou o bilionário durante um comício na cidade natal do presidente Joe Biden, a menos de um mês das eleições de 5 de novembro.
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"Se Kamala for eleita, os gastos de vocês vão aumentar", garantiu o republicano diante de uma multidão de apoiadores, que utilizavam os famosos bonés vermelhos.
Em Scranton, uma cidade de 75.000 habitantes na Pensilvânia, Trump também descreveu o presidente democrata como um homem "patético" e "triste".
"Alguém me disse que eu deveria ser mais gentil", disse o republicano. "Não quero ser gentil."
Na Pensilvânia, um dos estados mais disputados das eleições presidenciais, Trump repetiu seus ataques contra os imigrantes, afirmando que eles "envenenam" os Estados Unidos na fronteira com o México.
- 'Filme de terror' -
Comício após comício, Trump projeta um cenário extremamente sombrio dos Estados Unidos, um país assolado, em sua opinião, pelos migrantes, por uma inflação galopante e um conformismo devastador.
"Nosso país acabou de sofrer quatro anos de um absoluto filme de terror, não podemos permitir mais quatro anos", insistiu ele novamente nesta quarta-feira.
Em seguida, Trump viajou para outra cidade da Pensilvânia.
O candidato republicano e Kamala estão percorrendo todos os cantos deste estado do nordeste dos Estados Unidos, provavelmente o mais cobiçado das eleições.
E com razão: nos Estados Unidos, exceto em Nebraska e Maine, as eleições presidenciais são realizadas por sufrágio universal indireto e cada estado atribui um número de eleitores a um candidato.
Alguns estados são claramente democratas, como a Califórnia e Nova York, enquanto outros são republicanos, a exemplo de Alabama e Wyoming.
De acordo com as pesquisas, as eleições serão decididas nos estados que não pendem claramente para um ou outro partido, o que os americanos chamam de estados-pêndulo ("swing states").
A Pensilvânia se encaixa nessa categoria. Trump ganhou por pouco em 2016, enquanto Joe Biden triunfou em 2020 também por uma margem estreita.
Muitos dos trabalhadores deste estado em declínio industrial abandonaram os democratas para apoiar Trump. Mas Kamala conta com os grandes projetos de infraestrutura lançados por Biden e o apoio dos sindicatos para recuperar a confiança dos eleitores locais.
- 'Perigosas' -
A candidata democrata viajará para a Pensilvânia na próxima segunda-feira. Antes dela, o ex-presidente Barack Obama, um dos nomes mais poderosos do Partido Democrata, tem um comício previsto no estado nesta quinta-feira.
A vice-presidente americana fará uma sequência de eventos de campanha neste fim de semana no Arizona e em Nevada, outros dois estados muito disputados nas eleições atuais.
Nesta quarta-feira, Kamala qualificou de "perigosas" e "inaceitáveis" as acusações infundadas feitas pelos republicanos, especialmente por Trump, sobre como o governo federal gerenciou a resposta aos furacões Helene e Milton.
Ambos os candidatos seguem muito próximos nas pesquisas, em uma campanha marcada por sobressaltos, desde a condenação penal de Trump até as duas tentativas de assassinato das quais o republicano foi alvo, passando pela desistência do presidente Biden, que cedeu o bastão para Kamala.
Além dos estados-pêndulo, Donald Trump tenta ganhar eleitores em redutos democratas. No sábado, fará um comício na Califórnia e, na quarta-feira, em Nova York.
Segundo o site US Elections Project, cerca de 2,5 milhões de eleitores já votaram antecipadamente.
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