Ganhadores do Nobel de Química esperam que seu trabalho leve a 'avanços incríveis'

Os americanos David Baker e John Jumper, assim como o britânico Demis Hassabis, conseguiram decifrar a estrutura das proteínas

Os contemplados com o Prêmio Nobel de Química, reconhecidos por desvendar os segredos das proteínas usando inteligência artificial, disseram esperar, nesta quarta-feira (9), que seus trabalhos permitam fazer "avanços científicos incríveis", mas advertiram contra os maus usos desta nova tecnologia.

Os americanos David Baker e John Jumper, assim como o britânico Demis Hassabis, conseguiram decifrar a estrutura das proteínas, moléculas que desempenham um papel fundamental em quase todas as funções dos organismos vivos.

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Em uma coletiva de imprensa conjunta com Hassabis em Londres, Jumper considerou que este prêmio "representa a promessa da biologia informática".

Ambos chefiam a Google DeepMind, e desenvolvem um novo modelo de Inteligência Artificial (IA) em 2020 chamado AlphaFold2 para determinar a estrutura das proteínas.

"Queremos fazer do mundo um lugar melhor e dispomos de ferramentas incrivelmente potentes para isso. Vamos terminar sendo capazes de fazer com que as pessoas sejam saudáveis graças ao trabalho que fazemos com a IA", acrescentou.

"Espero que isto seja um sinal de que abrimos o caminho para muitos avanços científicos incríveis", afirmou.

O trabalho dos cientistas poderia ter uma importância particular na descoberta de medicamentos, ao reduzir o tempo de trabalho necessário "em cerca de uma década ou mais a (...) talvez alguns meses", explicou Hassabis.

A IA pode ser especialmente bem aplicada na biologia molecular porque é capaz de identificar "padrões que nunca vemos", detalhou Jumper.

Hassabis quis, no entanto, alertar contra os riscos relacionados com a IA, "uma das tecnologias mais transformadoras da história da humanidade".

A ferramenta tem "um potencial extraordinário para o bem (...), mas também pode ser usada para o mal", insistiu.

"Realmente, temos que pensar com muito cuidado à medida que estes sistemas e técnicas se tornam mais potentes", disse.

"Acredito muito no engenho humano", acrescentou  Hassabis. "Com tempo, recursos e pessoas inteligentes", afirmou, "a humanidade pode resolver muitos de seus problemas mais espinhosos".

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