Colômbia buscará US$ 40 bi de investimentos para transição energética

O governo da Colômbia anunciou nesta quarta-feira (2) que vai buscar captar investimentos de aproximadamente 40 bilhões de dólares (R$ 217 bilhões) para financiar seus ambiciosos planos de transição energética e assim acabar com sua dependência de petróleo e carvão.

"Passamos da retórica à prática, criando um portfólio de investimento que tem como objetivo orientar a Colômbia para uma economia baixa em carbono", assegurou a ministra do Ambiente, Susana Muhamad, durante um evento na cidade de Barranquilla (norte) batizado como "Feira de Economias para a Vida".

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Até a sexta-feira, sete ministérios do governo de Gustavo Petro, o primeiro presidente de esquerda da Colômbia e ferrenho defensor do meio ambiente, apresentarão nesse evento 20 projetos.

A meta é "a geração de outros setores econômicos que diversifiquem a economia e reduzam nossa dependência da exportação de petróleo e carvão", insistiu Muhamad.

As propostas estão focadas no turismo de natureza, nos sistemas produtivos sustentáveis, na indústria de baixa produção de carbono e na adaptação à mudança climática.

O governo colombiano prevê apresentar seus projetos e depois realizar rodadas de investimentos com instituições financeiras locais e regionais, e também com empresas.

O objetivo é alcançar os 40 bilhões de dólares para financiar as iniciativas, segundo um comunicado oficial.

O anúncio chega a menos de um mês da realização na Colômbia da COP16 sobre biodiversidade, entre os dias 21 de outubro e 1º de novembro na cidade de Cali (sudoeste).

"O mundo deve compreender que a nossa resolução de cuidar deste território gera serviços ambientais estratégicos" para o planeta em meio à crise climática, acrescentou.

A Colômbia é uma potência hídrica e um dos países de maior biodiversidade do mundo, e enfrenta as consequências da mudança climática, segundo especialistas e autoridades, que atualmente lutam contra uma temporada de calor mais severa que a esperada, com risco de provocar uma crise energética.

No fim de 2023, Petro interrompeu a autorização de novas concessões para exploração de petróleo, carvão e gás como parte de sua cruzada para incentivar o mundo a deixar de explorar esses recursos naturais.

bur/arm/lv/mr/rpr

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