Netanyahu diz que Irã cometeu 'grave erro' e 'pagará' preço pelo ataque
O primeiro-ministro de Israel respondeu aos ataques iranianos nesta terça-feira, 1º, e prometeu retaliação
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, qualificou nesta terça-feira, 1º, o ataque de mísseis do Irã contra Israel como um "grave erro" e assegurou que Teerã "pagará" o preço pela agressão.
"Irã cometeu um grave erro esta noite e pagará por isso", afirmou Netanyahu horas após o ataque. "Quem nos ataca, nós atacamos", acrescentou, como forma de advertência.
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Em um comunicado, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, que estava no centro de comando e controle supervisionando a interceptação dos mísseis, também prometeu punir os iranianos pelo ataque.
"O Irã não aprendeu uma lição simples: aqueles que atacam o Estado de Israel pagam um preço alto", declarou.
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Irã lança mísseis: entenda ataque contra Israel
Ainda não está claro como o Irã está atacando Israel. Segundo o jornal The New York Times, três autoridades israelenses afirmaram que o ataque envolveria drones não tripulados. Já uma autoridade americana apontou que o ataque poderia envolver mísseis balísticos.
As tensões se expandiram no último mês por conta de uma troca de ataques mais intensa entre Israel e o Hezbollah, que tirou o foco da guerra em Gaza. A milícia xiita radical libanesa jurou vingança contra Israel após as explosões de pagers e walkie-talkies de membros do grupo, uma ação atribuída a Tel-Aviv, que deixaram 37 mortos.
O ataque mais forte contra o grupo libanês ocorreu na sexta-feira, 27, com a morte de Hassan Nasrallah após um bombardeio israelense no subúrbio de Beirute.
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Teerã tem enfrentado uma pressão crescente para ajudar o Hezbollah, mas está calculando os riscos de uma ação militar mais agressiva contra Israel por conta de possíveis retaliações que poderiam destruir o seu programa nuclear ou matar membros importantes da teocracia.
Três autoridades israelenses destacaram que os iranianos atacariam três bases militares e um quartel-general de inteligência em Tel-Aviv.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou nesta terça-feira que o governo Biden estava acompanhando "cuidadosamente" a situação no Oriente Médio. "É claro que estamos acompanhando de perto os acontecimentos no Oriente Médio e os Estados Unidos estão comprometidos com a defesa de Israel", disse Blinken.
Ataque do Irã em abril
Este seria o segundo ataque do Irã contra o território israelense. No dia 13 de abril, os cidadãos de Israel se abrigaram em bunkers por conta de um ataque direto Teerã, considerado o maior da história do país.
A magnitude do ataque organizado pelo país persa surpreendeu e o tamanho do arsenal militar iraniano chamou atenção. A ofensiva do Irã contou com 170 drones, 30 mísseis de cruzeiro e 120 mísseis balísticos.
O ataque contra Israel ocorreu em retaliação a um bombardeio aéreo atribuído a Tel-Aviv que matou sete pessoas, incluindo dois oficiais da Guarda Revolucionária do Irã, no dia 1 abril na embaixada do país em Damasco.
(Com Agência Estado)
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