Sabalenka enfrenta Pegula e o público americano em sua 2ª final de US Open
A demolidora Aryna Sabalenka terá neste sábado (7) sua segunda oportunidade de levantar o troféu do US Open, de novo contra uma adversária americana, Jessica Pegula, e um público que conseguiu desestabilizá-la na final do ano passado.
A estrela bielorrussa, número 2 no ranking da WTA, chega à decisão do torneio em Nova York como grande favorita a conquistar seu terceiro título de Grand Slam.
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Seu desempenho nos dois últimos anos a ratificam como a melhor jogadora em quadra dura e também como a mais consistente na atualidade.
Com a exceção da última edição de Roland Garros, onde se despediu nas quartas de final, Sabalenka chegou pelo menos às semifinais nos oito últimos Grand Slams disputados.
Nesse período, conquistou seus dois primeiros troféus de Major, no Aberto da Austrália (2023 e 2024), e deixou para trás seus persistentes problemas com o saque e de como lidar com a pressão nos momentos decisivos.
Com 1,82m e velocidade nas pernas, Sabalenka continua dominando os jogos com sua potente direita. Mas agora, menos rígida mentalmente, seu tênis é mais variado e imprevisível.
A bielorrussa chega para a final deste sábado vinda de uma série de 11 vitórias consecutivas que lhe garantiram o título do WTA 1000 de Cincinnati, onde atropelou na semifinal a número 1 do mundo, a polonesa Iga Swiatek, e na final bateu a própria Jessica Pegula.
Aos 26 anos, Sabalenka também deu um grande passo no controle de sua personalidade explosiva.
A prova de fogo, no entanto, a espera diante da torcida dos Estados Unidos, país onde vive desde sua recente mudança a Miami e com o qual tem uma relação difícil.
- Lição aprendida -
Em sua primeira final em Flushing Meadows, Sabalenka viveu no ano passado um dos momentos mais complicados de sua carreira, quando, sob uma atmosfera hostil, desmoronou diante da jovem americana Coco Gauff quando tinha um set de vantagem.
O ressentimento pela atitude do público ficou marcado na bielorrussa.
"Muito obrigado por este apoio. Eu realmente precisava no US Open. Se vocês estivessem lá, eu teria ganhado com certeza", disse Sabalenka dois meses depois da derrota para Gauff, durante o WTA Finals de Cancún (México).
Na atual edição do torneio em Nova York, a bielorrussa pediu mais uma vez ao público que torcesse por ela, inclusive brincando com os espectadores sobre convidá-los para beber à noite em troca.
Mas na semifinal ela espantou os fantasmas do passado quando a nova-iorquina Emma Navarro esboçou uma virada no segundo set com o apoio de 23 mil pessoas no Arthur Ashe Stadium, a maior quadra de tênis do mundo.
"Bom, pessoal, agora vocês me aplaudem. Wow. É um pouco tarde", disse Sabalenka entre risos após a vitória sobre Navarro.
"Fiquei um pouco emotiva e tive este pequeno 'flashback' da final do ano passado, pelo ambiente do público", explicou depois. "Estou muito feliz por ter aprendido a lição".
- Vencer em casa -
Sabalenka é a primeira tenista a jogar duas finais seguidas no US Open desde Serena Williams, que sofreu duas derrotas em 2018 e 2019.
Para Pegula, por sua vez, será a primeira final de Grand Slam, depois que ela passou pela primeira vez das quartas de final, fase em que havia caído seis vezes.
A jogadora de Buffalo (Nova York) quebrou a maldição ao vencer Swiatek e bateu de virada a talentosa tcheca Karolina Muchova na semifinal.
Com um jogo sólido e aguerrido, Pegula é a outra jogadora mais em forma na atual temporada de quadra dura, em que conquistou o WTA 1000 de Toronto e acumula 15 vitórias e uma única derrota, justamente para Sabalenka, na final de Cincinnati, no dia 19 de agosto.
"É uma loucura voltarmos a nos encontrar em uma final, mas é uma mostra do grande tênis que estamos jogando", disse Pegula na quinta-feira. "Aryna já mostrou o quanto é dura. Provavelmente é a favorita ao título, mas espero ter uma revanche".
Aos 30 anos, a americana terá uma final de Grand Slam em casa como prêmio pelo esforço de uma carreira que foi vista com desconfiança pelo apoio financeiro de seu pai, o magnata Terry Pegula, dono de uma fortuna estimada em US$ 7,7 bilhões (R$ 42,8 bilhões na cotação atual) e proprietário do Buffalo Bills da NFL.
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