Jornalista russo é condenado a oito anos de prisão por criticar a ofensiva ucraniana
O tribunal da cidade russa de Gorno Altaisk, na região siberiana de Altai, condenou nesta sexta-feira (30) um jornalista local a oito anos de prisão por criticar as ações do Exército russo na Ucrânia, informou a promotoria local.
Sergei Mikhailov "publicou artigos na internet, em março e abril 2022, que continham informação falsa" sobre as ações do Exército russo na Ucrânia, afirmou a promotoria em um comunicado no Telegram.
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O jornalista de 48 anos trabalhava no Listok, um jornal on-line da região.
Os investigadores o acusaram de estar "motivado por ódio político".
Deverá cumprir uma condenação de oito anos de prisão "em uma colônia de regime geral", segundo a promotoria.
Mikhailov declarou ao tribunal na terça-feira que escreveu as reportagens para que seu leitores "não caíssem na mentira, não participassem dos combates, não se tornem assassinos nem vítimas e não fizessem mal a nosso povo irmão ucraniano".
O repórter disse que a guerra na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, é uma "situação terrível", segundo a ata de suas declarações publicada on-line.
Segundo um balanço da ONG OVD-Info, mais de 1.000 pessoas foram processadas na Rússia por criticar sua ofensiva na Ucrânia.
Quase todos os opositores de alto perfil foram presos ou forçados ao exílio, e milhares de russos foram processados e condenados a multas ou penas de prisão por manifestar publicamente sua oposição ao Kremlin.