Nasa decide como trazer de volta dois astronautas presos na ISS

A Nasa decide neste sábado (24) se seus dois astronautas presos na Estação Espacial Internacional (ISS) poderão retornar à Terra na nave Starliner da Boeing ou terão de esperar para serem resgatados pela SpaceX. 

Se optar pela segunda solução, será um revés para a Boeing, com repercussões para a tripulação: os dois astronautas passariam um total de oito meses na ISS, em vez dos oito dias inicialmente previstos. 

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Um comitê se reunirá neste sábado, na presença do chefe da Nasa, Bill Nelson. Uma hora depois, às 17h GMT (14h em Brasília), a agência espacial tem uma entrevista coletiva marcada. 

Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams decolaram no início de junho a bordo da Starliner e desde então estão na ISS, onde sua espaçonave permanece acoplada. 

A nave deveria trazê-los de volta à Terra oito dias depois, mas problemas detectados em seu sistema de propulsão levaram a Nasa a questionar sua confiabilidade. 

A agência passou a considerar uma solução de emergência: transportar os astronautas em uma missão da SpaceX em fevereiro. 

Há semanas que as equipes da Boeing e da Nasa realizam testes para entender melhor a causa dos problemas detectados em voo, principalmente nos propulsores da nave. 

A principal preocupação é que o Starliner não consiga atingir o impulso necessário para sair da órbita e iniciar sua descida à Terra. Se for decidido que não está em condições de segurança, a nave retornará vazia. 

Uma missão regular da SpaceX, chamada Crew-9, decolaria no final de setembro, mas com apenas dois astronautas a bordo, em vez de quatro. 

Permaneceria acoplada à ISS até o seu retorno planejado à Terra em fevereiro. Portanto, traria de volta os dois astronautas que viajaram no dispositivo da Boeing, além dos dois tripulantes da Crew-9. 

Se esta for a escolha, a imagem da Boeing seria fortemente afetada em um momento de crise devido a problemas em seus aviões. 

Há dez anos, a Nasa encomendou uma nova nave espacial à Boeing e outra à SpaceX para transportar seus astronautas até à ISS. Com dois veículos disponíveis, haveria uma solução viável em caso de problemas em um deles. 

Mas a empresa do magnata Elon Musk prevaleceu sobre a Boeing como o único táxi espacial americano nos últimos quatro anos. O primeiro voo tripulado da Starliner, que decolou com anos de atraso, seria o teste final antes de iniciar as operações regulares.

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