Final do jogo Argentina-Marrocos foi 'um circo', diz Mascherano
17:17 | Jul. 24, 2024
O técnico da seleção argentina sub-23, Javier Mascherano, considerou "um circo" o que aconteceu no final da partida em que o Marrocos derrotou a 'Albiceleste' por 2 a 1, nesta quarta-feira (24), em Saint-Étienne, no início do torneio de futebol masculino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
"A análise do jogo não faz muito sentido, foi tudo o que aconteceu, mas a sensação é horrível. A verdade é que nunca na minha carreira como jogador, como treinador eu tenho pouco tempo, mas como jogador nunca passei por uma situação parecida", disse Mascherano aos repórteres.
"É o maior circo que já vi na minha vida", acrescentou. "Mas é o que temos, não cabe a nós controlar isso [...] Eu falei para os meninos: temos que olhar para frente, tentar ir atrás dos seis pontos que vão nos dar a classificação e que bom que isso nos enche de energia, de raiva para enfrentar o que está por vir".
A partida foi dada como encerrada pelo site oficial do evento e pelas duas seleções em suas redes sociais, após o meia argentino Cristian Medina empatar em 2 a 2 nos intermináveis acréscimos de 16 minutos, o que causou uma invasão de campo por parte de alguns torcedores marroquinos.
O árbitro sueco Glenn Nyberg ordenou que os jogadores voltassem ao vestiário, sem ter finalizado a partida.
A partida foi reiniciada duas horas depois, com as arquibancadas do estádio Geoffroy-Guichard vazias, faltando três minutos de acréscimo e com o placar de 2 a 1, já que o gol de Medina foi anulado devido a um impedimento após revisão do VAR.
"A decisão dos capitães foi de não jogar, e com o passar do tempo começaram a aparecer diferentes versões. O que incomoda é suspender o jogo. Se for revisar, revise assim que terminar a jogada [...] em nenhum momento nos disseram que o gol não havia valido", disse ele.
"Chamaram a Fifa. Não sei quem tomou a decisão [de voltar a campo], mas todo mundo estava envolvido [...] É uma pena fazer os meninos aquecerem e manchar um torneio, nem mesmo em um torneio de bairro isso acontece. É patético", disse o ex-volante.
"Além do espírito ser olímpico, a organização tem que estar à altura. No momento não está. No momento, infelizmente, não está", finalizou.
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