Roberta Metsola é reeleita presidente do Parlamento Europeu

Autor DW Tipo Notícia

Eurodeputada de Malta foi reconduzida ao cargo com votação recorde. Ela comandará a Casa por mais dois anos e meio.A legisladora maltesa de centro-direita Roberta Metsola foi reeleita nesta terça-feira (16/07) para a presidência do Parlamento Europeu, cargo que ocupará por mais dois anos e meio. Representante do Partido Popular Europeu (PPE), Metsola foi reconduzida ao cargo por 562 dos 623 parlamentares que participaram da votação, a maior margem de vitória já registrada para um presidente do Parlamento. Ela pregou uma política mais inclusiva para ajudar a combater a divisão política. "A polarização em nossas sociedades tem levado a uma política mais confrontacional, incluindo violência política", disse Metsola. "Precisamos ir além desse pensamento de soma zero que exclui e afasta as pessoas", afirmou. Os democratas-cristãos do PPEsão o maior partido do parlamento, com 188 membros eleitos. Ela ainda prometeu abordar os problemas enfrentados pelos cidadãos da UE, incluindo a iminente crise habitacional , e defendeu a implementação de uma legislação de migração "adequada". "Deixaremos a Europa um lugar melhor ao criar um novo quadro de segurança e defesa que mantenha as pessoas seguras", disse Metsola. Metsola ainda instou o Parlamento Europeu a manter o apoio à Ucrânia, ao Estado de direito e aos direitos das mulheres. Em 2022, Metsola se tornou a pessoa mais jovem e a primeira maltesa a presidir uma instituição da UE, bem como a terceira mulher a presidir o Parlamento Europeu. Depois do social-democrata alemão Martin Schulz, ela também será a segunda pessoa a ocupar a presidência do Parlamento Europeu por dois mandatos consecutivos. Gestão foi marcada por escândalo de corrupção Carismática e bem relacionada com os outros grupos políticos graças ao seu trabalho em comitês como o Comitê de Liberdades Civis, ela passou a maior parte dos últimos dois anos e meio apagando escândalos de corrupção e liderando a resposta da instituição a grandes desafios externos, como a guerra na Ucrânia. Ela enfrentou críticas antes de sua primeira eleição por sua posição sobre o aborto. Como legisladora da UE de Malta, onde o aborto é em grande parte ilegal, Metsola havia se oposto a resoluções que pediam às mulheres acesso seguro ao procedimento. Mas, ao se tornar presidente do Parlamento Europeu, comprometeu-se a representar a posição da assembleia da UE sobre direitos sexuais e reprodutivos. Logo no começo de sua primeira gestão, o Parlamento Europeu defendeu a candidatura da Ucrânia à União Europeia e no apoio a Kiev com armas, assistência, logística e sanções contra Moscou. Pouco mais de um mês após o início do conflito, ela foi a primeira presidente de uma instituição europeia a viajar para a Ucrânia. Por outro lado, Metsola carrega o marco de ser a primeira presidente do parlamento – conforme exigido pela Constituição belga – a estar presente na busca policial na casa de um eurodeputado, nos primeiros estágios do que viria a se tornar um dos maiores escândalos de corrupção na instituição. O esquema de suborno do Parlamento Europeu ligado ao Catar e ao Marrocos, conhecido como Catargate, causou um terremoto político em um órgão acostumado a ser alvo de críticas sobre a falta de transparência nas despesas dos eurodeputados e o baixo cumprimento de seu código de ética. Embora organizações como a Transparência Internacional continuem a ser críticas, elas enfatizam que o legado mais importante de Metsola foi o de mudar a dinâmica interna do Parlamento. O grande desafio da presidente tem sido o de garantir que o Parlamento obtenha seu esperado direito de iniciativa legislativa e fortaleça seu papel em relação aos outros dois grandes órgãos europeus, a Comissão e o Conselho. Atualmente, o Parlamento de 720 membros, a única instituição diretamente eleita da União Europeia, negocia e adota propostas legislativas da UE e aprova o orçamento do bloco. Agora as atenções do Parlamento estarão voltadas para a votação de quinta-feira, quando os legisladores decidirão se darão a Ursula von der Leyen mais cinco anos como chefe da Comissão Europeia.

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