Sobem as ações de empresa chinesa cujo nome soa como 'Grande vitória de Trump'

A imagem de Donald Trump com a orelha ensanguentada deu a volta ao mundo. Ações de fabricante chinês dispararam na bolsa de Shenzhen nesta segunda, 15

08:26 | Jul. 15, 2024

Por: AFP
Donald Trump, empresário e ex-presidente dos Estados Unidos (foto: JUSTIN LANE / POOL / AFP)

As ações de um fabricante chinês de software, cujo nome soa em inglês como "Grande vitória de Trump" ("Trump wins big"), dispararam na bolsa nesta segunda-feira, 15, após a tentativa de assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos.

A imagem de Donald Trump com a orelha ensanguentada, com o punho em riste, enquanto era retirado no sábado por seu guarda-costas durante um comício de campanha na Pensilvânia, deu a volta ao mundo.

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Na China, a ideia de que isso possa lhe favorecer nas eleições de novembro beneficiou uma empresa chamada Wisesoft, cujo nome em mandarim é "Chuanda Zhisheng", que se pronuncia de forma muito parecida com a tradução em chinês da "Grande vitória de Trump". Suas ações subiram 10% na Bolsa de Shenzhen.

A especulação no mercado de ações ligada a eventos atuais é bastante comum na China e, muitas vezes, leva a aumentos ou quedas que nada têm a ver com a atividade da empresa em questão.

Ações da empresa já haviam subido por causa de Biden

As ações da Wisesoft já haviam subido no mês passado por causa do desempenho, muito criticado, do presidente Joe Biden contra Trump durante um debate eleitoral.

Os títulos dessa mesma companhia também dispararam após a vitória de Trump nas presidenciais de 2016.

Além disso, a tentativa de assassinato do sábado teve outra consequência inesperada na China: na plataforma online Taobao, camisetas com a imagem do bilionário começaram a ser vendidas logo depois do disparo.

A maioria delas foram retiradas, mas algumas seguiam disponíveis em algumas plataformas estrangeiras nesta segunda.

No domingo, o presidente chinês, Xi Jinping, manifestou sua "compaixão e simpatia" em relação à Trump.

Em um contexto de tensões constantes entre os dois países, Donald Trump prometeu reforçar a guerra comercial de Washington contra Pequim se voltar à Casa Branca, sobretudo impondo mais tarifas sobre os produtos vindos da China.