Governo de Honduras coloca membros de gangues detidos para apagar pichações

Autoridades de Honduras retiraram, nesta segunda-feira (8), 30 membros de gangues de uma prisão e os colocaram para apagar pichações em paredes de prédios na capital.

Este é um "projeto piloto destinado a apagar as inscrições [nomes ou símbolos de identificação de gangues] e grafites" pintados por membros das gangues "em diferentes setores do território nacional", anunciou o porta-voz das Forças Armadas, capitão José Coello.

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Utilizando rolos de feltro e latas de tinta branca, os detentos, vestidos com uniformes laranjas e com correntes amarradas nos pés, apagaram pichações que membros de gangues como Barrio 18 e Mara Salvatrucha (MS-13) haviam pintado para marcar seu território nos bairros do sul da capital e no Estádio Nacional Chelato Uclés, no centro.

Os presos foram transportados em caminhões verde-oliva por um forte contingente de segurança desde a Penitenciária Nacional de Támara, cerca de 20 km ao norte de Tegucigalpa.

O objetivo é "apagar as mensagens diabólicas" que "causam uma imagem ruim" ao país, acrescentou Coello.

"Estamos aqui [...] cobrindo as manchas que havia nas paredes e acredito que é algo bom para a sociedade", disse um dos presos aos jornalistas.

Esta é a segunda medida adotada pelas autoridades hondurenhas que se assemelham aos feitos do presidente de El Salvador, Nayib Bukele. A primeira foi impor um estado de exceção em 6 de dezembro de 2022, que permite detenções sem ordem judicial para tentar conter o crime organizado.

nl/fj/ag/jb/rpr

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