Museu em Londres presta homenagem a Naomi Campbell com exposição sobre 'lenda da moda'

Naomi Campbell se tornou em 1998 a primeira modelo negra a aparecer na capa da Vogue francesa. Anos depois, abre outra porta com uma exposição sobre sua carreira no museu londrino 'Victoria and Albert' (V&A).

A mostra "Naomi: In Fashion", que será inaugurada no sábado (22), percorre os 40 anos de carreira desta modelo nascida em Londres em 1970.

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Aos 54 anos, Naomi Campbell continua desfilando nas passarelas, como fez recentemente para a marca Burberry.

A exposição exibe dezenas de looks que marcaram a história da moda através de uma das maiores estrelas da era top model da década 1990.

Quando criança, Naomi se imaginava como bailarina, assim como sua mãe. Mas aos 15 anos, um agente a descobriu após sair da escola em Londres.

Dois anos mais tarde, já havia aparecido em diversas capas de revista de moda e desfilado em Nova York, Milão e Paris.

O estilista francês Yves Saint Laurent teria usado toda a sua influência para que Naomi Campbell aparecesse na capa da revista Vogue.

O designer de alta costura "ajudou mulheres negras e mudou o rumo da minha carreira", conta a supermodel britânica, citada em um cartaz que acompanha um vestido de penas que usou no desfile outono-inverno de 1987, o primeiro que fez para a YSL.

- "Aura e química" -

A ideia do renomado museu de arte V&A de dedicar uma exposição à modelo se tornou a primeira do tipo a ter Campbell como inspiração.

"A aura incomparável de Naomi Campbell e sua química são lendárias no mundo da moda", afirma a curadora da exposição, Sonnet Stanfill, considerando-a como "uma fonte de inspiração".

Para montar a mostra, Stanfill conversou com a top model por horas. "Ela tem uma memória incrível. Lembra com quem estava quando vestia determinada roupa", acrescenta a curadora.

A modelo britânica conseguiu encontrar em seu acervo pessoal acessórios, fotografias, roupas e até passagens aéreas entre Londres e Nova York.

As grifes também emprestaram peças para a exposição.

A mostra tem uma seção dedicada ao estilista Azzedine Alaia, falecido em 2017, com quem Naomi viveu desde os 16 anos quando estava em Paris e a quem chamava de "pai". O designer encontrou inspiração no que chamou de "corpo perfeito" de Campbell.

O museu também expõe capas de revistas com sua imagem, bem como vídeos de seus desfiles.

Entre os looks exibidos, destaca-se o idealizado pela estilista Vivienne Westwood, usado por Naomi em 1993, com sapatos plataforma de pelo menos 15 centímetros de altura. A modelo caiu na passarela, sem perder o sorriso, em uma imagem que rodou o mundo.

Também era conhecida por sua personalidade forte. Em 2007, foi condenada a cinco dias de serviço comunitário em Nova York por jogar seu celular em um de seus colaboradores.

Em 1998, integrou um grupo que fazia campanha para que modelos negras recebessem o mesmo salário que suas colegas de outras etnias. Desde então, a diversidade conquistou as passarelas.

A exposição termina com conselhos de Campbell sobre como "andar como Naomi" e uma passarela para que os visitantes possam praticar.

ctx/psr/mb/yr

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