Contaminação do ar é mais letal que o tabagismo, alertam cientistas

A contaminação atmosférica já é mais letal que o tabagismo e é capaz de favorecer patologias como câncer de pulmão e doenças cardiovasculares

A contaminação atmosférica, tanto em ambientes internos quanto externos, mata muitas pessoas no mundo, inclusive crianças, e já é mais letal que o tabagismo, segundo um relatório publicado nesta quarta-feira, 19, sob os auspícios do Unicef.

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Mais de oito milhões de pessoas, incluindo 700.000 crianças menores de cinco anos, morreram em 2021 com problemas de saúde relacionados com a contaminação, segundo este trabalho realizado por cientistas do americano Instituto de Efeitos para a Saúde (Health Effects Institute).

Estes resultados se baseiam na Global Burden Disease, uma gigantesca base de dados que compila informação de mais de 200 países.

Contaminação do ar é mais letal que o tabagismo

Segundo o nível de mortalidade reportado pelos pesquisadores, a exposição à contaminação do ar representaria agora uma ameaça superior ao tabagismo ou a uma má alimentação.

Na maioria dos casos, as mortes relacionadas com a contaminação do ar estão associadas à inalação de partículas finas, denominadas PM2,5, com menos de 2,5 mícrons de diâmetro.

Sabe-se que estas partículas favorecem o aparecimento de várias patologias: câncer de pulmão, doenças cardiovasculares, diabetes...

Os autores do relatório destacam o papel cada vez mais letal da contaminação por ozônio, alimentada por episódios relacionados ao aquecimento global.

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Mortalidade na Ásia e na África

"Vemos cada vez mais regiões do mundo expostas a episódios muito breves e intensos de contaminação do ar", disse à AFP a cientista Pallavi Pant, membro do Health Effects Institute, mencionando incêndios florestais ou fortes ondas de calor.

O uso de combustíveis na cozinha (carvão, madeira...) é a principal causa de mortalidade infantil, especialmente na Ásia e na África.

Já foram feitos esforços para facilitar o acesso a técnicas de cozinha menos perigosas, o que tem contribuído em grande medida para que a mortalidade infantil relacionada com o ar tenha diminuído mais da metade desde o ano 2000, segundo o informe.

"Sabemos que poderíamos resolver este tipo de problemas", insistiu Pant.

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