Juiz dos EUA adia para outubro sentença de ex-ministro mexicano García Luna

A sentença do ex-secretário (equivalente a ministro) de Segurança Pública do México, Genaro García Luna, condenado por narcotráfico nos Estados Unidos, foi adiada para outubro, informaram fontes judiciais nesta terça-feira (18).

García Luna foi considerado culpado por um júri em um tribunal de Nova York em fevereiro de 2023 e sua sentença, que foi adiada várias vezes, estava marcada para a próxima segunda-feira.

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"O julgamento foi reagendado para 9 de outubro de 2024", diz uma ordem do juiz Brian Cogan, que preside o caso, publicada no site do sistema de justiça dos Estados Unidos.

García Luna foi condenado por cinco acusações, incluindo tráfico de cocaína, que poderiam deixá-lo até o fim da vida na prisão.

Este é mais um adiamento na sentença deste caso emblemático. García Luna é o funcionário mexicano de mais alto escalão a ser julgado nos tribunais americanos, acusado de proteger o cartel de Sinaloa de Joaquín 'Chapo' Guzmán em troca de vultosos subornos para enviar drogas aos Estados Unidos.

Em 31 de maio, o advogado César de Castro, defensor nomeado de García Luna, solicitou novo adiamento da sentença, citando, entre outros motivos, que um pedido pela realização de um novo julgamento ainda não foi decidido.

O advogado lembrou ao juiz que também está envolvido no julgamento em um tribunal de Nova York do senador democrata de origem cubana Robert Menéndez e outros dois empresários, acusados de suborno, fraude, extorsão e de ajudar governos estrangeiros em troca de dinheiro.

Residente nos Estados Unidos desde que deixou o governo mexicano em 2012, García Luna foi preso em Dallas (Texas) em dezembro de 2019. Seu nome surgiu no julgamento de Chapo em 2018, no qual um dos maiores traficantes de drogas da história foi condenado à prisão perpétua pela Justiça americana.

O governo mexicano, que solicitou a extradição de García Luna aos Estados Unidos, também pede a devolução de 700 milhões de dólares (cerca de R$ 3,78 bilhões) supostamente desviados pelo ex-secretário de Segurança Pública.

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EUA México crime

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