Líder da esquerda radical espanhola, membro do governo, renuncia à direção de seu partido

Yolanda Díaz, a líder da plataforma de esquerda radical Sumar, que governa em coalizão com os socialistas na Espanha, anunciou, nesta segunda-feira (10), que deixa a direção de seu partido após o revés sofrido nas eleições europeias.

"Decidi deixar meu cargo como coordenadora do Sumar", apontou em um discurso televisionado a número três do governo, que seguirá em seu posto no Executivo liderado por Pedro Sánchez.

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"É minha responsabilidade, a cidadania falou", acrescentou a ministra do Trabalho, que disse que agora deve se abrir "um debate" no Sumar, plataforma que agrupa quase todos os partidos de esquerda e esquerda radical, sobre sua liderança.

No domingo, a extrema esquerda espanhola conseguiu cinco assentos nas eleições europeias, contra seis em 2019, mas em meio a acirradas disputas entre Sumar, que obteve três assentos, e Podemos, formação histórica da esquerda radical, que conseguiu os outros dois.

O Podemos aceitou entrar no Sumar antes das eleições legislativas de julho de 2023, mas alguns meses depois deixou a plataforma.

As eleições europeias na Espanha foram vencidas pelos conservadores do Partido Popular, que conseguiu 22 assentos no Parlamento Europeu e veem nessa vitória a confirmação de "um novo ciclo político" no país, governado pela esquerda desde 2018.

O Partido Socialista do primeiro-ministro Pedro Sánchez obteve 20 assentos europeus.

Nas legislativas de julho, os socialistas também ficaram em segundo lugar, mas conseguiram formar as alianças no Parlamento que o PP não conseguiu para poder governar, apesar de ter ficado na primeira posição.

Sánchez conseguiu ser reeleito em novembro com o apoio da extrema esquerda e partidos nacionalistas e independentistas regionais.

No domingo, a extrema direita do Vox ficou em terceiro lugar, com 6 eurodeputados, dois a mais do que em 2019, e impulsionou outra formação, "Acabou-se a festa", que entra no Parlamento Europeu com 3 assentos.

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