Câmara de Energia Escura captura imagem da "Mão de Deus" a 1,3 mil anos-luz da Terra
Fenômeno trata-se de glóbulo cometa e foi apelidado de "Mão de Deus" por cientistas por parecer estar "segurando uma galáxia". Veja fotosA imagem intrigante de uma grande mão no espaço se encaminhando para “agarrar” uma galáxia que repercutiu nas redes sociais no começo desta semana trata-se de um fenômeno astronômico raro, segundo cientistas. A captura foi feita a partir da Câmera de Energia Escura, equipamento acoplado ao telescópio Víctor M. Blanco no Observatório Inter-Americano Cerro Tololo, no Chile.
O fenômeno tem como nome científico CG4 e foi apelidado de “Mão de Deus” por cientistas. A ocorrência trata-se de um glóbulo cometa que está a uma distância de 1.300 anos-luz da Terra, na constelação de Puppis.
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A imagem foi publicada na segunda-feira, 6, pelo centro de pesquisas do Observatório Inter-Americano Cerro Tololo (NOIRLab), no Chile.
As características que classificam o CG 4 como um glóbulo cometário são difíceis de ignorar. Sua cabeça empoeirada e sua cauda longa e tênue lembram vagamente a aparência de um cometa, embora não tenham nada em comum.
Os astrônomos teorizam que os "glóbulos cometários obtêm a sua estrutura a partir dos ventos estelares de estrelas quentes e massivas próximas”, explicou o centro de pesquisas NOIRLab.
A imagem divulgada mostra uma “mão” alongada aparentemente se deslocando em direção à galáxia espiral ESO 257-19 (PGC 21338). CG4 é um dos exemplos de glóbulos cometas da Via Láctea. A “mão” do cometa possui aproximadamente 1,5 anos-luz de diâmetro e tem uma extensão de cerca de 8 anos-luz.
Glóbulos cometários foram observados por toda a Via Láctea, mas a maior parte deles, cerca de 31, encontram-se na Nebulosa de Gum. Conforme a nota do NOIRLab, os cientistas acreditam que tal concentração dessas formações tenham se formado a partir da explosão de uma supernova há pouco mais de um milhão de anos.