Reconstrução do RS vai custar pelo menos R$ 19 bilhões, diz Leite

Autor DW Tipo Notícia

Governador gaúcho também defende suspensão da dívida do estado com União pelo "maior prazo possível". Número de mortos no RS por causa das chuvas chega a 107.O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (09/05) que o custo para reconstrução da infraestrutura do estado destruída pelas chuvas deve chegar ao valor de R$ 19 bilhões. "Os cálculos iniciais das nossas equipes técnicas indicam que serão necessários, pelo menos, R$ 19 bilhões para reconstruir o Rio Grande do Sul. São necessários recursos para diversas áreas", escreveu Leite na rede X (ex-Twitter). "São necessários recursos para diversas áreas. Insisto: o efeito das enchentes e a extensão da tragédia são devastadores", disse Leite. Mais cedo, em entrevista à GloboNews, Leite defendeu a suspensão imediata do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União, apontando este pagamento como um dos fatores que dificulta investimentos na prevenção de desastres. "A gente tem uma situação que comprime o Rio Grande do Sul para fazer os investimentos. Então, defendemos sim a suspensão imediata (da dívida com a União) e com o maior prazo possível", disse Leite. "A dívida do Rio Grande do Sul e a forma de pagamento já é bastante responsável pela dificuldade do Estado em fazer todas as medidas preventivas anteriores, porque ela consome parte substancial do nosso orçamento", acrescentou. Tragédia em números O último balanço da Defesa Civil estadual divulgado nesta quinta-feira aponta que ao menos 107 pessoas já morreram devido a efeitos adversos das chuvas, como inundações, alagamentos, enxurradas, deslizamentos, desmoronamentos e outros. Cento e trinta e seis pessoas estão desaparecidas. Pouco mais de 1,47 milhão de pessoas foram de alguma forma afetadas, em 425 dos 497 municípios gaúchos atingidos. Em todo o estado, ao menos 164.583 pessoas foram desalojadas. Muitas delas seguem esperando que o nível das águas baixe para poder retornar a suas casas. Outras 67.542 pessoas ficaram desabrigadas, ou seja, sem ter para onde ir, precisaram se refugiar em abrigos públicos municipais. Segundo a tenente Sabrina Ribas, da comunicação da Defesa Civil estadual, a prioridade, neste momento, é concluir o resgate de pessoas que permanecem ilhadas em locais de difícil acesso e conseguir fazer com que a ajuda humanitária e os donativos cheguem aos municípios mais atingidos pelas fortes chuvas. Entre os itens mais necessários, estão água mineral, roupas e alimentos. jps (Reuters, Agência Brasil)

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