Chama olímpica dos Jogos de Paris-2024 é acesa na Grécia e revezamento da tocha começa

09:06 | Abr. 16, 2024

Por: AFP

A quase 100 dias da abertura dos Jogos de Paris, o revezamento da tocha olímpica começou nesta terça-feira (16) após a cerimônia de acendimento da chama no sítio arqueológico grego de Olímpia, durante uma cerimônia marcada por mensagens de esperança em um cenário internacional conturbado.

Em Olímpia, diante das ruínas do templo de Hera, que tem 2.600 anos, a chama dos Jogos Olímpicos que acontecerão na capital francesa entre 26 de julho e 11 de agosto foi acesa às 12h15 locais (6h15 de Brasília).

Devido ao céu nublado sobre a localidade que foi sede dos primeiros Jogos Olímpicos da Antiguidade, o acendimento não aconteceu com os raios do sol, como determina a tradição, mas com uma chama reserva conservada desde o ensaio geral de segunda-feira, graças à intervenção das 'sacerdotisas' inspiradas na Grécia clássica.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, insistiu na mensagem de "esperança" transmitida pela chama olímpica, símbolo da paz na Antiguidade, acesa em um momento marcado por conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio.

"Aspiramos algo que nos una de novo, algo que nos reúna, algo que nos dê esperança", disse Bach.

"A chama olímpica que acendemos hoje simboliza esta esperança", acrescentou o alemão na presença, entre outros, da presidente da Grécia, Katerina Sakellaropoulou, da ministra Francesa dos Esportes e dos Jogos Olímpicos, Amélie Oudéa-Castéra, e da prefeita de Paris, Anne Hidalgo.

O presidente do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Paris, Tony Estanguet, também declarou que considera os próximos Jogos "mais do que nunca uma força de inspiração (...) para todos nós e para as gerações futuras".

A tocha foi então levada em seguida para o antigo estádio olímpico para ser entregue ao primeiro participante do revezamento, o grego Stéfanos Duskos, campeão olímpico de remo em Tóquio em 2021, que também carregava um ramo de oliveira.

A nadadora Laure Manaudou, que conquistou a medalha de ouro dos 400 metros livres nos Jogos de Atenas-2004, o sucedeu como a primeira participante da França.

A chama olímpica iniciará agora uma grande viagem que a levará a Paris no dia 26 de julho.

O percurso de Olímpia até a cidade sede dos Jogos Olímpicos é um dos eventos mais simbólicos associados aos Jogos.

Na Grécia, 600 pessoas participarão no revezamento da tocha olímpica, que percorrerá 5.000 quilômetros através de sete ilhas, 10 áreas arqueológicas e a Acrópole de Atenas, onde passará uma noite junto ao Partenon.

No porto grego do Pireu, a chama embarcará em 26 de abril com destino a Marselha, sudeste da França, cidade em que chegará no dia 8 de maio.

A partir desta data, o símbolo dos Jogos Olímpicos percorrerá toda a França, passando pelas Antilhas e Polinésia Francesa, até a cerimônia de abertura em Paris como ponto final.

Em Paris, na véspera do acendimento da chama, o presidente francês Emmanuel Macron iniciou a contagem regressiva para os Jogos e tentou tranquilizar a população sobre a cerimônia de abertura prevista para acontecer no rio Sena, mas também citou planos alternativos em caso de ameaça terrorista.

Mais uma vez, a cerimônia da chama aconteceu perto do estádio onde os jovens atletas da Antiguidade disputaram os primeiros Jogos, no século VIII a.C., em um período em que as mulheres eram proibidas de participar.

Mas em Paris, "serão os primeiros Jogos Olímpicos com paridade perfeita entre mulheres e homens", lembrou Thomas Bach.

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