Após cinco meses de conflito, ONU aprova cessar-fogo em Gaza

Após cinco meses do conflito entre o grupo terrorista palestino Hamas e o Exército de Israel, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), aprovou, nesta segunda-feira, 25, uma resolução que pede cessar-fogo imediato.

Dos 15 países que integram o Conselho, 14 foram favoráveis à proposta. Apenas os Estados Unidos se abstiveram na votação. As informações são da AFP.

Ao longo dos meses do conflito, que já deixou mais de 30 mil mortos na Faixa de Gaza, outras resoluções foram votadas na ONU, mas nenhuma havia sido aprovada. A última tentativa foi na sexta-feira passada, 22, quando uma proposta dos Estados Unidos foi rejeitada por, segundo interlocutores, não usar termos decisivos.

A decisão da ONU exige o cessar-fogo e uma trégua duradoura para o mês do Ramadã (período sagrado para os mulçumanos) iniciado há 15 dias, além da libertação imediata e incondicional dos reféns. O texto também prevê a abertura da Faixa de Gaza para receber ajuda humanitária.

A abstenção dos Estados Unidos durante a votação da resolução marca um racha entre o presidente americano, John Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Até então, diversas propostas de cessar-fogo haviam sido vetadas pelos Estados Unidos, aliado histórico de Israel.

Após a aprovação do cessar-fogo, o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, afirmou que “o fracasso seria imperdoável”.

A aprovação do cessar-fogo ocorre no mesmo dia que um relatório da ONU usa, pela primeira vez, a palavra “genocídio".