Congresso dos EUA pode proibir bandeira do orgulho em embaixadas

Os legisladores americanos avançaram, nesta quinta-feira (21), em direção à proibição de hastear a bandeira do orgulho nas representações diplomáticas do país, uma vitória para os conservadores no contexto de uma longa batalha cultural travada no exterior.

A medida faz parte de uma série de disposições secundárias escondidas em um pacote de 1,2 trilhão de dólares (5,97 trilhões de reais) elaborado pelos congressistas nas primeiras horas desta quinta.

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Espera-se que tanto a Câmara dos Representantes, liderada pelos republicanos, quanto o Senado, liderado pelos democratas, aprovem o plano para manter o governo funcionando antes do prazo final da meia-noite de sexta-feira, quando três quartos do governo ficarão sem fundos.

O pacote estabelece que nenhum financiamento pode ser utilizado para "hastear ou exibir em uma instalação do Departamento de Estado dos Estados Unidos" qualquer outra bandeira que não seja a nacional ou relacionada ao apoio a prisioneiros de guerra, soldados desaparecidos em combate, reféns e americanos injustamente encarcerados.

A previsão é que o presidente Joe Biden assine o projeto de lei de financiamento de 1.012 páginas, apesar de seu governo ter abraçado os direitos LGBTQIA+ e provavelmente ter reservas sobre essa questão.

Em uma mudança radical em relação ao seu antecessor, o chefe da diplomacia Antony Blinken não apenas permitiu, mas incentivou as missões americanas a hastear a bandeira arco-íris em junho, o Mês do Orgulho, celebrando o movimento de defesa da comunidade LGBTQIA+.

Sob a gestão do ex-presidente Donald Trump, o antecessor de Blinken, Mike Pompeo, um cristão evangélico, ordenou que apenas a bandeira dos Estados Unidos fosse hasteada nos mastros das embaixadas.

Em 2016, a embaixada em Seul tentou contornar a diretriz colocando uma faixa com o arco-íris em sua fachada, não no mastro, uma opção que parece continuar sendo permitida no novo pacote de financiamento.

Mas a embaixada removeu essa faixa, assim como outra do Black Lives Matter colocada após o assassinato do afro-americano George Floyd por um policial na cidade de Minneapolis.

Sob a administração do ex-presidente Barack Obama, em 2015, a Casa Branca foi iluminada com as cores do arco-íris para celebrar a histórica decisão da Suprema Corte que legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o país.

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EUA LGBTQ diplomacia política Congresso

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